A Fundação Dom Cabral (FDC) com apoio técnico da Hype50+, realizou recentemente um estudo, parte do projeto FDC Longevidade, que aborda questões como o mercado de luxo prateado, a mudança do perfil do público mais velho, além do investimento e lucratividade das empresas com foco no nicho. O resultado mostra o potencial econômico e chama atenção para o envelhecimento ativo, ou seja, eles continuam consumindo, investindo, viajando e, claro, empreendendo.
No dia 26 de julho é celebrado o Dia dos Avós e, para inspirar outros vovôs e vovós, destacamos abaixo sete histórias de profissionais que usaram a sabedoria -e a experiência- para empreender e tocar um negócio próprio depois dos 50 anos.
Vó Sônia: com muita humildade e determinação, conquistou espaço, credibilidade e respeito ao fundar a rede Casa de Bolos


Aposentada e avó da pequena Gabriella, dona Maria do Amaro Silva Santos não imaginava que sua vida passaria por uma reviravolta de 360º aos 54 anos. Foi o desejo do marido, Edson dos Santos, que fez tudo mudar. Ele já conhecia a Doctor Feet, rede especializada em podologia e venda de produtos ortopédicos, e resolveu abrir uma unidade da franquia em Uberlândia, Minas Gerais. “Minha neta tinha menos de um ano na época e eu me dedicava a cuidar dela, pois minha filha é dentista e passa muito tempo no trabalho”, conta. A loja abriu as portas em 2017 e, desde então, a presença de Maria no empreendimento foi cada vez mais solicitada. Hoje as manhãs são direcionadas à neta – que tem cinco anos e já frequenta escola – e as tardes, à loja. “Sou eu quem fecha as portas da unidade todos os dias”, orgulha-se. E não para por aí: essa vovó ainda encontrou tempo para os estudos. “A Doctor Feet me deu um motivo para voltar a estudar. Concluo este mês o curso de tecnólogo em podologia que durou três anos e meio”, comemora.
Aos 70 anos e com quatro netos, Maria Cecília Lora encara os desafios de empreender na melhor idade com a Home Angels


Com três netos vivendo distantes dele, o aposentado João Almeida resolveu empreender para “continuar na ativa”. Aos 65 anos de idade, escolheu investir em uma franquia da CleanNew, rede especializada em sanitização e blindagem de estofados. Avô de Pedro, de seis anos, que mora em Salvador, João Henrique, 11, e Serena, 6, que moram nos Estados Unidos, João atua em Campinas, no interior de São Paulo. “Trabalhava como engenheiro civil, me aposentei há três anos, mas não queria parar de trabalhar”, conta. Para ele, investir na franquia foi uma opção de menos risco, pela reputação que a marca possui junto aos consumidores. “Eu já tinha prática em liderança e gestão, precisei apenas aprender as particularidades do novo negócio”, recorda. E nos momentos de folga, o empresário aproveita para viajar e visitar a família. “Como as viagens estão temporariamente inviabilizadas por conta da pandemia, o jeito é usar os aplicativos de chamada por vídeo para matar a saudade”, afirma.

O engenheiro civil Luiz Llaberia, de 64, anos, é franqueado da Limpeza com Zelo, rede especializada em limpeza de espaços comerciais e residenciais, há oito anos e não pretende parar de trabalhar tão cedo. “Concílio o empreendimento com o meu trabalho como engenheiro, onde atuo principalmente no setor pós-obra e me orgulho do que faço”, conta. Avô do pequeno Rafael de 1 ano e 8 meses, ele conta que ser avó foi a melhor coisa que aconteceu em sua vida. “O Rafael é muito alegre e conviver com ele me dá mais energia. Ele ainda é pequenino e não me visita no trabalho, mas com certeza percebe o meu esforço e de todos da família. Ele gosta muito de brincar de limpar a casa, até o presenteamos com uma vassoura de brinquedo”, conta.

Os netos de Antônio Dalpino também percebem sua dedicação aos negócios. Aos 69 anos, o avô de Gabriel (5) e João Vitor (10) é um empresário de sucesso. “Tenho três joalherias, duas óticas e uma loja da Sestini, especializada em bolsas, malas de viagem e acessórios, meu empreendimento mais recente. Acredito que esta é a primeira de muitas lojas da rede que abrirei, pois pretendo expandir os negócios também nesta área”, conta. Para Delfino, apesar da pouca idade dos netos, é possível perceber que eles sentem orgulho por tudo o que o avô conquistou. “Estou me arriscando no empreendedorismo desde os 50 anos de idade. Eles percebem que meu trabalho dá resultado e que é através dele que consegui grande parte do que eu tenho, inclusive conforto para a família. Não sei se eles vão seguir os meus passos um dia, mas acredito que essa percepção já é bastante positiva para a educação deles”, finaliza.
Regina Jordão empreendeu por necessidade e hoje, após 25 anos de muito esforço, fez do Pello Menos referência em depilação em três estados do país
Em 1996, a carioca Regina Jordão apostou num negócio que, a princípio, não parecia ser boa ideia: um instituto de depilação à cera na Cidade Maravilhosa. De porta em porta e no boca a boca, ela convenceu muita mulher a conhecer sua cera exclusiva, que provoca menos dor e muito mais conforto. Em seis meses e com mais de mil clientes cadastradas, o Pello Menos decolou e Regina começou a estruturar a segunda loja. Hoje, são mais de 45 e a executiva conta com ajuda da filha, Alessandra Jordão, de 38 anos, que é seu braço direito e ainda leva a filha Valentina, de 11 anos, neta de Regina, para visitá-las com frequência. “Quando fundei a empresa, a Alessandra tinha apenas 16 anos e foi a primeira a me apoiar, mas nunca imaginamos ter um negócio desse porte e ajudar no sustento de tantas famílias. Hoje é a minha netinha quem está aqui pelos corredores com brilho nos olhos apoiando a mim e a mãe”, conta a executiva. Atualmente o Pello Menos está presente nos estados do Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo e oferece diversos tipos de depilação com cera e laser.






