CEO de 22 anos comanda a Frango no Pote

Rede nasceu na área da churrasqueira da casa do pai de Carlos Augusto Jr em 2012 em Brasília.

A rede de franquias Frango no Pote, fundada em 2012 em Brasília, no Distrito Federal, se espalhou pelo Brasil. Hoje está presente em 20 estados, com 37 lojas abertas e mais 47 contratos vendidos em processo de implementação. A marca segue em busca de franqueados em todo o país e o investimento inicial em uma loja é a partir de R$ 199 mil. O foco são unidades de rua.

Em 2020, mesmo com a pandemia, o faturamento da Frango no Pote subiu 17% e chegou a R$ 25 milhões. Para 2021 a meta é crescer entre 10% e 15%.

O bom resultado do ano passado é consequência da estratégia de delivery adotada em 2019. “Nem imaginávamos que a pandemia estava por vir, mas sabíamos que o delivery era uma boa estratégia para o nosso negócio”, afirma Carlos Augusto Jr, 22 anos, filho do fundador da rede e CEO da empresa.

O iFood foi um grande parceiro nessa estratégia. Com vendas delivery exclusivas por essa plataforma, a Frango no Pote viu o faturamento via entregas passar de R$ 300 mil por mês em 2019 para R$ 2,3 milhões por mês em 2020. Em 2021 essa receita já subiu ainda mais, e está na casa dos R$ 3,3 milhões por mês somente com delivery. “Estruturamos nosso processo de entregas, melhoramos o delivery e focamos na parceria exclusiva com o iFood, que nos deu bastante visibilidade”, explica Jr.

Da churrasqueira de casa para todo o Brasil

Em 2012, a Frango no Pote nasceu de uma forma bem caseira – literalmente. Em uma viagem aos Estados Unidos em 2011, Carlos Augusto Nepomucemo da Silva, conhecido como Carlão, hoje com 49 anos e diretor financeiro da rede, conheceu o frango frito vendido no balde e tão apreciado pelos americanos. De volta ao Brasil, teve a ideia de “abrasileirar” a iguaria.

“Desenvolvemos uma marinada do gosto do brasileiro para temperar o frango e usamos uma farinha exclusiva”, comenta Jr, formado em gastronomia e responsável pelo cardápio que a Frango no Pote oferece hoje aos clientes.

Na época da fundação da empresa, no entanto, ele tinha apenas 12 anos. “Meu pai assava os frangos e eu cuidava das embalagens”, lembra. “Eu já era apaixonado por culinária, assistia vários programas sobre o tema e fazia cookies para vender na escola e ganhar meu próprio dinheiro.”

Os frangos começaram a ser fritos em uma fritadeira na churrasqueira da casa de Carlão. No primeiro dia foram cinco pedidos, aumentando sucessivamente. A qualidade do produto se espalhou e logo ele abriu uma loja em frente ao condomínio onde morava, em Brasília.

Com o sucesso das vendas, os amigos começaram a querer abrir unidades da Frango no Pote em outros locais da cidade, e o empreendedor formatou o modelo de franquia. Em 2014 a marca se associou à Associação Brasileira de Franchising (ABF) e começou a vender novas lojas pelo sistema de franquias.

Hoje, das 37 lojas em operação, 20 estão no Distrito Federal. A primeira unidade em São Paulo foi inaugurada em dezembro de 2020, no bairro de Aricanduva, na zona leste da cidade. A segunda unidade na capital paulista veio logo depois, em abril de 2021, no bairro de Santana, na zona norte. A terceira loja na cidade será inaugurada no Tatuapé no segundo semestre.

Cada unidade aberta emprega entre 7 e 14 pessoas. A franqueadora, que começou com três colaboradores, hoje emprega cerca de 30 funcionários.

Uma curiosidade sobre o CEO de 22 anos. Aos 16 ele saiu da escola e entrou na faculdade de gastronomia. “Eu era o mais novo da minha turma”, diz. Aos 18 concluiu o curso. Depois foi para os Estados Unidos passar uma temporada de trabalho e em 2018 voltou para assumir a Frango no Pote.

Já Carlos Augusto, o pai e fundador, é formado pedagogo e tem pós graduação em administração escolar. “Alimentação não é a minha área, foi um aprendizado constante ao longo desses últimos anos.”