O Brasil é o sétimo país com maior número de mulheres empreendedoras. É o que aponta o último levantamento sobre empreendedorismo feminino realizado em 49 países e divulgado em 2020 pelo Global Enterpreneurship Monitor (GEM). Segundo o estudo, são aproximadamente 24 milhões de brasileiras que comandam o próprio negócio.
Em meio a esse cenário, o franchising vem se mostrando uma saída para aquels que ser donas do próprio negócio, mas não querem começar do zero.
Confira as histórias de diferentes mulheres que optaram uma franquia como meio para mudarem de vida:
Camila Guzzo – Euro Colchões – Colchões
Camila Guzzo tinha apenas 25 anos quando decidiu se demitir do cargo de vendedora de uma loja de tintas e abrir uma franquia da Euro Colchões em 2019. O novo desafio na carreira não limitou os sonhos da jovem – apenas os impulsionou!
A área de vendas já muita estima da Camila, fazendo com que os olhos da futura empreendedora brilhassem mais da oportunidade de abrir uma franquia da Euro Colchões. “Decidi investir por ser uma área que eu gosto muito, pois seria um novo desafio em minha carreira e vi uma oportunidade muito boa”, afirma.
Com isso, Camila ganhou a tão desejada autonomia, aumentou sua renda e obteve maior organização trabalhista. Porém, 2020 não foi um ano fácil para o ramo de colchões, o que não desanimou a empreendedora. “Acredito que o momento que estamos vivendo é extremamente específico, principalmente por conta da crise econômica que o país enfrenta”, explica Camila.
Para as futuras franqueadas, Camila Guzzo pede que o medo não seja um empecilho. Com um olhar calmo e fazendo o que lhe dá prazer é possível, segundo ela, superar crises e barreiras impostas pelo mercado e pela vida.
Tânia Monezi – Center Panos – Artesanato
A ideia de passar uma aposentadoria na frente da televisão assustava Tânia Monezi. Com mais de 30 anos atendendo clientes corporativos de um dos maiores bancos do país, Tânia queria ser dona do próprio negócio nessa nova fase de vida.
“Sempre fui muito hiperativa e após tanto tempo no stress corporativo, acabamos nos acostumando com a rotina corrida do banco. Ficar sem fazer nada e viver apenas com a renda da aposentadoria é algo que me dá calafrios”, sorri Tânia Monezi, sócia proprietária da Center Panos da Praça da Árvore, em São Paulo. “ Decidi abrir um negócio próprio e passei a pesquisar com meus próprios clientes os segmentos que tiveram maior sucesso e os que falharam. Optei em investir em uma franquia devido a toda estrutura oferecida pelas redes. E foi assim que descobri a Center Panos”.
Segundo Tânia, o artesanato chamou a atenção devido a oportunidade de trabalhar em uma área completamente nova e mais do que isso, ela teria a possibilidade de usar o seu know how dos processos bancários para estruturar ainda mais a sua loja. Com a amiga e sócia Márcia Soares, a dupla abriu em 2019 uma Center Panos na Praça da Árvore, em São Paulo.
Priscila Camilo – Ceopag – Meios eletrônicos de pagamento
Priscilla Camillo, de 41 anos, sempre um negócio próprio, mas tinha dúvida em qual área investir. Após atuar nos últimos anos nos segmentos de alimentação e tecnologia, decidiu concretizar seu sonho por meio do franchising, pois assim contaria com um modelo de negócio estruturado, sem a necessidade de começar do zero, e estaria um passo à frente na corrida do empreendedorismo.
Após alguns meses de pesquisa, Priscilla investir em duas franquias: a primeira da Ceopag, fintech de , e a segunda da Ceofood, aplicativo de delivery que não cobra taxa pelos pedidos feitos por meio da plataforma.
Apesar das dificuldades e obstáculos iniciais da jornada empreendedora, ela não desistiu e se sente orgulhosa com os resultados obtidos com as duas marcas.
Hoje, a empreendedora reflete sobre sua e aconselha as demais mulheres que pensam empreender a não terem medo de arriscar. “Quando investimos com dedicação e entusiasmo em algo que gostamos, não tem como dar errado”, garante.
Ana Arcoverde – Depyl Action – Depilação e cuidados com o pelo
Com uma carga horária constante de viagens, Ana Karine Arcoverde passava muito tempo longe de casa em seu antigo trabalho. Em busca de passar mais tempo com a família, ela encontrou a solução para seus problemas ao adquirir uma franquia da Depyl Action, que lhe possibilitou maior flexibilidade em relação a horários.
Ela ressalta que o franchising tem pontos positivos e negativos, mas faz uma avaliação favorável do modelo. “A vantagem de ter uma franquia é a credibilidade e confiança que passamos aos clientes.Ter uma linha fixa de raciocínio ajuda muitoDe certa forma, apresentamos uma lentidão maior na resolução de burocracias por conta de sermos uma franquia, mas no geral as dificuldades não são muitas mesmo com esse momento pontual que estamos vivendo.” aponta a empresária.
“Se for abrir uma franquia, pondere bastante a respeito da ideia e, quando amadurecê-la, dê preferência a uma área que você sinta prazer e amor, pois nos momentos de instabilidade dentro do seu negócio isso servirá de motivação para persistir apesar das dificuldades.” finaliza Arcoverde.
Fabíola Bonazzi– Ótris Soluções Financeiras – Recuperação de crédito
Formada em administração de empresas e comércio exterior, Fabíola Bonazzi teve de ficar longe da carreira por 12 anos para cuidar do pai que estava doente.
Após enfrentar o luto pela perda do ente querido, Fabíola se viu com 44 anos e sem expectativa de retomar as atividades na área em que atuava. Interessada por franchising, Fabíola avaliou como melhor opção a Ótris Soluções Financeiras, rede de franquias de recuperação de crédito que possui modelos home office.
“Trabalhar em home office é muito interessante, mas é necessário disciplina. Deve-se focar no negócio e não deixar fatores externos desviarem a atenção. Tudo isso aliado a muita dedicação e garra é a fórmula para colher frutos do seu negócio”, comenta Fabíola Bonazzi.
Thaís Ribeiro- Vazoli – Crédito
Thaís Ribeiro era funcionária da Vazoli, maior rede de franquias do setor de crédito do país. Com histórico familiar no mundo dos negócios, Thaís sempre gostou de trabalhar na área e viu nessa mistura – o conhecimento do dia-a-dia do trabalho e a vontade de empreender – a oportunidade perfeita para mergulhar de cabeça no franchising. De funcionária a empresária, Thais investiu e adquiriu uma unidade da Vazoli, na cidade de Mirassol, no interior de São Paulo.
“O começo sempre traz desafios. A questão financeira é uma delas. Mas nada é sem solução. Para empreender é necessário planejamento, organização, capital de giro e um plano B para possíveis empecilhos”, comenta.
O negócio deu certo. Em 2020, em parceria com uma amiga, Jéssica Silva, que também era funcionária da rede, Thaís investiu na segunda unidade da Vazoli, dessa vez em José Bonifácio, também no interior paulista. Para 2021, a expectativa da empresária é ter um aumento de 30% no faturamento e até o final do ano inaugurar sua terceira unidade da rede.
Luciene Rezende – GOU Odonto – Odontologia
O Marketing sempre foi a paixão de Luciene Inacia de Souza Rezende. Porém, após construir uma carreira bastante ligada à área odontológica, atuando como representante de marketing de companhias de planos de saúde e em uma unidade da rede de consultórios odontológicos GOU Odonto, ela decidiu unir as duas coisas adquirindo uma franquia da marca em sua cidade, Aparecida de Goiânia.
“Resolvi abrir uma franquia da GOU Odonto após estudar o mercado. Embora eu não possua experiência na área, a matriz me proporciona todo auxílio que eu preciso para manter o sucesso da minha unidade”, afirma a empreendedora.
O suporte efetuado pela GOU Odonto aos seus franqueados e o nome da marca foram, segundo Luciene, grandes impulsionadores para o seu negócio. Ela afirma encontrar alguns desafios ocasionais referentes aos clientes, mas recomenda a todas as mulheres a investir. “O medo sempre existe, mas escute pessoas que já passaram pelo o que você está passando e se inspire”, diz Luciene Inacia.
Mônica Fernandes – Tintas MC – Tintas
Mônica Chaves Fernandes tem uma trajetória intimamente ligada ao mercado de tintas. Há 10 anos , ela e esposo trabalhavam em uma oficina de funilaria e pintura. Depois do falecimento do marido, a atual empresária foi contratada por uma loja do setor.
Após muita luta e superando situações em que chegou a passar fome com suas filhas, Mônica resolveu investir em uma franquia da Tintas MC, maior rede do Brasil no segmento e uma das maiores da América Latina. “Eu sempre tive muita fé que tudo ia dar certo. Hoje, eu tenho a minha flexibilidade de horários e maior autonomia”, explica Mônica.
Para a empreendedora, a Tintas MC possibilita que seu franqueado trabalhe com grandes marcas nacionais e internacionais. Além disso, o suporte e o time de marketing oferecidos pela rede são grandes pontos positivos para Mônica.
Embora em sua opinião o mercado seja muito volátil, a principal dica da Mônica para as futuras empreendedoras é: tenha fé. Garra, coragem e determinação também são essenciais para quem deseja abrir a sua franquia. “Não tenha medo da concorrência! Faça um estudo dela e entenda seus erros, melhorando, assim, o seu próprio negócio”, afirma Mônica.
Daniela Regina – Times Idiomas – Idiomas
Daniela Regina enxergava o inglês como indispensável na vida do brasileiro. Antes de 2015, a então funcionária gerenciava o comercial de uma franquia da Times Idiomas, rede de cursos de inglês. Porém, há seis anos, Daniela decidiu abrir uma franquia por conta própria.
A partir de então, a empreendedora é movida pelo gosto em ajudar as pessoas, tornando esta a sua maior motivação. Além de poder prestar maior assistência para um grande número de clientes, Daniela enumera outros pontos positivos em se tornar uma franqueada da Times: “A minha qualidade de vida aumentou, assim como o meu faturamento”.
Para Daniela, seu maior desafio é colocar seu time de profissionais em uma só sintonia. Porém, a dona da franquia considera esse um dos fatores mais importantes para emplacar o seu negócio, para que, assim, os resultados sejam gerados em conjunto.
Força de vontade é o ponto principal, na opinião da Daniela Regina, para se tornar uma empreendedora de sucesso. Para as futuras donas dos seus próprios negócios, a franqueada da Times afirma: ” tenha muita disposição, pois na maior parte do tempo, você precisará. Busque pessoas de confiança para te auxiliar nessa jornada”.
Mayra Rodi – Clube de Permuta – Permuta
Mayra Rodi teve que lidar muito cedo com os negócios da sua família. Aos 16 anos, um problema familiar a fez assumir uma empresa de incorporação imobiliária e outra de pecuária de corte. Enfrentando muitos desafios, estudou, formou-se em direito, e hoje divide seu tempo entre diversas funções: Mayra é advogada, franqueada do Clube de Permuta e administradora das empresas da família.
“Quando decidi abrir a franquia do Clube de Permuta foi uma junção de coisas. O modelo de negócio inovador, a credibilidade e confiança, as vantagens da franquia (ao adquirir uma unidade você recebe algo como um manual de instruções) e por último, mas não menos importante, o relacionamento imensurável com outros empresários.”, afirma.
Mayra fala sobre lados positivos e negativos de ser empreendedora desde tão jovem, “Como pontos positivos, posso destacar que quando você é dona do seu próprio negócio, acaba se tornando dona de si literalmente e tem uma flexibilidade de horário maior. Entre os lados negativos, como eu entrei muito nova nesse mercado, enfrentei barreiras culturais como o machismo, tive que aprender a me impor no mercado”, pondera Rodi.
Com tudo que aprendeu, a empresária incentiva as mulheres que têm vontade de abrir seu próprio negócio, mas estão com receio. “Nunca desista dos seus sonhos por conta de qualquer opinião das pessoas, busque sempre aperfeiçoar tudo aquilo que você sabe e precisa para a empresa que quer abrir. Pegue a dificuldade que está enfrentando e transforme em uma mola para o seu sucesso.A única coisa que pode te parar é você mesma.”, finaliza a empresária.
Marcia Gomes – Mineiro Delivery – Comida Mineira
Marcia Gomes é a prova viva de que o lugar da mulher é onde ela quiser – principalmente no comando de uma franquia de sucesso da Mineiro Delivery. Depois de viajar por todo o Brasil e por diversos países, sendo comissária de bordo por 15 anos, Maria procurou nas franquias a sua estabilidade.
“Eu estava constituindo a minha família e comecei a pensar em franquias para investir. A partir de então, passei a pesquisar em diversos segmentos, mas as que mais me chamaram atenção foram as do ramo alimentício. Tive outras motivações também: ser dona de si, além de gostar muito da praticidade que eu estava prestes a adquirir”, afirma a empreendedora.
Manter os detalhes do seu negócio de acordo com o seu gosto é tanto o lado positivo quanto o negativo, na visão de Maria, de manter a sua própria franquia. “Por ser muito perfeccionista, às vezes eu me decepcionava por algo não sair como eu queria, mas estou me adaptando isso”, explica.
Para as mulheres que sonham em abrir o próprio negócio, Marcia Gomes lembra: “Nós, mulheres, podemos tudo aquilo que queremos”. Foco, amor pelo que faz e controle das emoções são outros pilares importantes para a empresária.