Assim como diversos modelos de negócio e segmentos, o audiovisual também passa por um processo de reinvenção. Ocorreram e ocorrerão muitas mudanças até nos adaptarmos a essa era, cada vez mais digital.
Denominados como “Uber” do audiovisual para seus freelancers, a Artes Filmes, franquia de produtoras de vídeos, conta uma plataforma que conecta mais de 400 profissionais homologados (locutores, produtores, operadores de câmera, operadores de drone, fotógrafos, assistente e casting) de todo o Brasil em seu banco de dados, gerando oportunidades para profissionais que buscam se realocar no mercado de trabalho, assim como diminuir os custos dos franqueados, que não terão que arcar com um valor fixo com funcionários.
Na rede o trabalho remoto já era uma realidade antes mesmo da pandemia. O grande diferencial é que toda a interação é 100% digital, por meio de geolocalização, onde o franqueado consegue se conectar com diversos profissionais para execução do serviço. “Hoje, contamos com colaboradores freelancers espalhados por todo o Brasil, altamente capacitados e que nos ajudam em inúmeros projetos com os clientes. Mesmo com esse cenário de crise conseguimos manter toda nossa base apenas alterando a dinâmica do nosso trabalho para vídeos, lives e informativos”, comenta Bruno Rodrigues, um dos sócios da marca.
Para manter a qualidade do serviço da franqueadora os sócios criaram a UAF (Universidade Artes Filmes), uma plataforma de cursos online voltado para os para os freelancers. “Um dos grandes diferenciais que temos é o suporte da franqueadora que participa e controla a qualidade dos vídeos no processo de produção junto ao franqueado e o cliente” conta o empreendedor.
Impulsionados por transmissões ao vivo
Para quem ainda não havia pensado em apostar em conteúdos digitais, principalmente os vídeos, a corrida para a adequação a nova realidade aconteceu e ainda acontece. Muitas empresas também viram nessa tendência uma oportunidade de se aproximarem do público já que as vendas online se tornaram fundamentais.
Hoje, a quem faça até mesmo vendas em lives. Os produtos são apresentados, os valores mostrados e dúvidas tiradas na hora, quase como se estivessem todos no mesmo ambiente. Como o caso do setor de eventos que deve seguir o mesmo caminho. A transformação digital vem voando nas asas da tecnologia dentro e fora de empresas.
No Youtube, por exemplo, o crescimento de conteúdo ao vivo foi cerca de 4.900% na quarentena, de acordo com a própria empresa. O que impulsiona todo esse aumento, tanto para Youtube como Instagram, é, sem dúvidas, a espontaneidade — um estudo feito pela consultoria Forrester e da IBM mostra, por exemplo, que a audiência das lives chega a ser de 10 a 20 vezes maior do que a dos vídeos tradicionais gravados.
E tanto artistas como marcas precisam mais do que nunca se conectar com o público, mostrando valores que estão em alta: humanização, aproximação, empatia, confiança, agilidade. Esse combo é o que tem criado uma conexão real entre marcas e clientes, sendo feito de forma ao vivo, ou melhor, em lives. Algo que será notado durante a campanha política que deve utilizar de maneira massiva de conteúdos digitais. “As pessoas querem interagir ao vivo em busca de uma experiência mais real. Em uma live os canais chegam a ganhar entre 15% e 30% a mais de inscritos”, finaliza Felipe Palmeira, sócio da Artes Filmes.