Conhecidas por serem multitarefas, as mulheres são destaque quando o assunto é empreendedorismo. Elas, que são um dos mais potentes motores da economia – três em cada quatro lares no Brasil são chefiados por mulheres -, também chamam a atenção à frente de franquias. Segundo o estudo “Liderança Feminina no Franchising”, da Associação Brasileira de Franchising, as franquias sob comando feminino podem ter faturamento até 30% maior em relação às lideradas por homens.
A flexibilidade de horários e a liberdade para trabalhar em home-office são algumas das vantagens para abrir mão da carteira assinada, mas não se comparam a poder se dedicar mais à vida pessoal e a estar mais perto dos filhos, afirmam elas.
“Amélia que era mulher de verdade” – Apesar do nome, Amélia Santos, de 35 anos e mãe de dois filhos, não se assemelha nada com a conhecida musa musical que “lavava, passava e não reclamava”. Formada em pedagogia, descobriu a paixão por intercâmbios ao viver quatro anos na Irlanda para estudar inglês. Em 2016, quando voltou para o Brasil, decidiu criar sua própria oportunidade de recolocação no mercado de trabalho. Abriu uma franquia da SEDA Intercâmbios, agência pela qual havia viajado.
Referência em intercâmbios para Dublin, na Irlanda, a empresa possui uma modalidade de franquia que permite ao franqueado trabalhar de casa e ainda contar com a estrutura das unidades físicas quando necessário. “A tecnologia ajuda muito. Faço atendimento por telefone, Skype, WhatsApp e a maior parte das vendas pela internet. Quando preciso, agendo reuniões nas instalações da SEDA, que oferece toda infraestrutura necessária, facilitando a comunicação com o cliente que prefere ser atendido pessoalmente”, explica Amélia, que também está bastante contente com a remuneração. “Empreender me fez ganhar qualidade de vida e ter mais tempo próximo a minha família.”
Ano novo, vida nova – Administradora de empresas por formação, Danielle Ambaltas de Pontes, de 33 anos, também viu nas franquias uma opção mais adequada para seu momento de vida. Depois de trabalhar nove anos em uma multinacional, em julho de 2019, solicitou seu desligamento para se dedicar mais ao filho, de 3 anos. Ela também já havia feito um intercâmbio, para o Canadá, e descobriu por meio de uma reportagem que poderia transformar a experiência em negócio. Em janeiro deste ano, Danielle se tornou franqueada da SEDA.
Para o CEO da agência de intercâmbios, Helicon Alvares, ambas empresárias são exemplos do impacto positivo do modelo de franquias. “Elas conseguiram aliar propósito, estilo de vida e carreira a partir de uma rica experiência. A proposta do modelo de franquias era justamente facilitar o empreendedorismo, com um custo de investimento inicial baixo, e que pudesse ser sustentável independentemente de um estabelecimento físico”, diz.
Quebrando paradigmas – “Quando comentava que queria começar a trabalhar em um negócio próprio, as sugestões eram sempre relacionadas às áreas de cosméticos, semijoias, estética em geral. Não que esses negócios não sejam importantes, mas acredito que nós, mulheres, temos capacidade para muito mais. É preciso quebrar esse paradigma”, defende Danielle.
“A competência é algo que não está relacionado ao gênero e, sim, à capacidade de acreditar em seu próprio potencial. E o modelo de negócio franquias é uma grande oportunidade para a independência financeira!”, finaliza Amélia.