Apesar da obrigatoriedade do ensino do inglês nas escolas brasileiras, o cenário atual está longe do objetivo proposto nas cartilhas do Ministério da Educação. As dificuldades são diversas e vão desde os despreparos dos professores até os materiais e metodologias inapropriadas utilizadas em sala de aula, que desmotivam os alunos e deixam o curso monótono e pouco efetivo.
Se nas décadas de 1990 e 2000 as crianças eram matriculadas nos cursos de idioma após a alfabetização da língua materna, de uns anos para cá essa prática mudou, em partes, inclusive, pela própria dificuldade dos pais com o inglês. Reflexo desse movimento, as escolas bilíngues cresceram significativamente no Brasil, chamando atenção dos responsáveis que estavam dispostos a pagar um pouco mais, para, em contrapartida, aprender o inglês de forma definitiva.
Segundo Sylvia Helena Palma de Moraes Barros, CEO da rede de franquias especializada no ensino da língua inglesa para alunos de dois a 12 anos, The Kids Club, quanto mais cedo começar a prática, melhor. “O contato com um novo idioma desde a infância, se feito de maneira adequada e natural, faz a diferença no processo de aprendizado, pois envolve o aluno de forma que ele aprenda com facilidade, além de desenvolver outras habilidades, inclusive o melhor uso da própria língua materna”, pontua.
A solução para as escolas convencionais foi investir em alternativas para não apenas reter alunos e pais preocupados com o aprendizado do idioma, mas, sobretudo, acompanhar as mudanças da sociedade e novas necessidades que vieram com ela. “Houve uma transformação dentro dos colégios brasileiros nos últimos anos, principalmente quando eles perceberam que os pais estavam exigindo melhorias no nível das aulas de inglês. A solução, diante do quadro de insatisfação e falta de domínio da metodologia de ensino, provocou uma procura, por parte das escolas, em programas de inglês que suprissem o que eles não conseguiam atender”, comenta a CEO.
É nesse nicho que a The Kids Club tem prosperado nos últimos anos. Há 25 anos no Brasil, a rede cresceu no ano passado cerca de 15% e, para 2019, tem a previsão de manter o ritmo. “O interesse é mútuo: por um lado, a escola passa a oferecer um curso de inglês de qualidade às famílias interessadas, coordenado por quem é especialista no assunto; por outro, nós usufruímos da infraestrutura da escola, adaptando nossa metodologia as especificidades daquela turma. Soma-se, ainda, os pais, que usufruem da segurança e comodidade de não precisar deslocar os filhos para outras instituições de ensino e, os alunos, que têm acesso a um curso de inglês de qualidade”, explica Sylvia.
Mas é preciso fazer um alerta para as escolas que estão procurando soluções e formas de se adequar ao mercado: vale checar quais são os métodos utilizados dentro de sala de aula. É importante verificar se as aulas estão sendo ministradas em inglês, se o material utilizado é adequado a faixa etária, se é feito uso de recursos como brincadeiras, músicas, histórias infantis, aplicativos e recursos online e, principalmente, se o idioma é ensinado dentro de um contexto e não apenas palavras soltas. A ludicidade e a contextualização, inclusive através da inserção de conteúdo de ciências, geografia e matemática em inglês são os melhores caminhos, segundo Sylvia.
“Conforme as crianças vão crescendo e adquirindo mais conhecimento do idioma, os desafios em sala de aula vão aumentando, assim como a adequação das atividades a idade e a maturidade de cada turma, para que o aluno se envolva cada vez mais com a nova língua e passe a se relacionar com o idioma como algo fácil e divertido, aprendendo, assim, a gostar do inglês. Dessa forma, nunca mais vai parar de aprender”, destaca a diretora.