Ganhar um like no Instagram pode significar muito mais do que apenas popularidade. É o que revela uma pesquisa realizada pelo Opinion Box. De acordo com o levantamento, mais de 80% dos entrevistados seguem alguma empresa ou marca na rede social e metade deles já compraram algum produto ou serviço anunciados por elas. Outra questão interessante que o levantamento aponta é a relevância da opinião de influenciadores digitais: 43% dizem já ter experimentado alguma novidade indicada por eles. A Maria Brasileira, rede de franquias de serviços de limpeza e cuidados, vem comprovando esta tendência. Há um ano investindo em ações nas redes sociais, conquistou mais de 60 mil seguidores em seu perfil e realizou mais de 30 mil vendas originadas pela plataforma. “Estamos diante de um novo consumidor. Ele está conectado quase que 100% do tempo e busca referencias dentro das plataformas que navega. Então precisamos estar nelas para sobreviver perante a concorrência. O Instagram se mostrou um comércio surpreendente. Todo dia atendemos ao menos uma solicitação de venda”, conta o sócio-fundador da Maria Brasileira, Eduardo Pirrè. Outro ponto apontado pelo empresário é o potencial da rede social para construção de marcas. “nossa presença mais forte no Instagram agregou muito para o conhecimento da marca. mesmo que uma venda não se concretize, milhares de pessoas tem contato com nossa marca e serviços toda a semana.”
Desde abril do ano passado a marca investe em parcerias com influenciadoras digitais. Com mais de 30 parceiras, a Maria Brasileira alcançou – em menos de um ano -, mais de 60 mil seguidores em seu perfil de maneira orgânica e cerca de 99% de novos acessos em seu site. “Quando começamos com as parcerias, não sabíamos ao certo se era um investimento que traria um retorno positivo. Mas o resultado foi tão bom, que hoje 92% da nossa verba destinada a divulgação da marca é voltada para ações no Instagram”, afirma Eduardo.
:: DIVULGANDO NA PRÁTICA
Apesar dos internautas levarem em consideração a opinião de digitais influencers na hora de realizar uma compra, o levantamento do Opinion Box mostra que o usuário do Instagram tem resistência com conteúdo pago e publicidades. Para fugir deste perfil de divulgação, a Maria Brasileira investiu em parcerias no estilo permuta. A influencer testa o serviço, seja de limpeza, passadeira, cozinheira ou outro, e divulga a sua experiência real do atendimento. “Foi uma maneira que encontramos de gerar um conteúdo mais verdadeiro e que impactasse, de maneira positiva, nossos consumidores”, explica o sócio fundador da empresa.
Outro ponto positivo de focar em estratégias no Instagram é a questão de a rede social ser uma ótima aliada para gerar vendas em regiões que necessitam de uma ajuda extra. “Ao invés de investirmos em publicidade local, conseguimos fechar parcerias com influencers de regiões em que as vendas são mais difíceis. Temos unidades fora da Grande São Paulo que aumentaram as vendas em 20% após iniciarmos a ação”, revela Eduardo.
:: VENDAS EM UM CLIQUE
Estar presente nas redes sociais é importante, mas não basta para gerar vendas. O internauta – cada vez menos – sai de casa ou pega o telefone para contratar um serviço ou comprar um produto. O e-commerce se faz cada vez mais necessário para as empresas que desejam sobreviver perante ao novo consumidor. Pensando nisso, a Maria Brasileira lançou o projeto “Maria Brasileira Digital”, que consiste em propagar a venda de serviços online em todo Brasil. Faz sete meses que a plataforma está ativa e neste período as vendas superaram as metas em 108% “A plataforma se revelou de extrema importância para prospecção de novos clientes. Das pessoas que atendemos neste período, 91% são consumidores novos. Muitos, originados das ações realizadas via Instagram”, afirma Eduardo.
Além de aumentar o número de vendas, com a plataforma é possível ter uma visão analítica do negócio. No projeto “Maria Brasileira Digital”, identificou-se por exemplo que a maior concentração de vendas está na região Sudeste (quase 90%), o que mostra a importância de intensificar ações nas outras regiões do país. Também é possível avaliar com maior velocidade os serviços mais consumidos, em que horários e dias da semana. Avaliar a forma de pagamento mais utilizada, que no caso do e-commerce é o cartão de crédito em 63% dos casos, é montar estratégia para composição de preços e promoções. “A gente consegue englobar diferentes informações para traçar o perfil do consumidor online e desenvolver estratégias.”
Segundo o empresário, a experiência de venda 24 horas, em todos os dias da semana, somada a uma nova abordagem ao cliente, também resultou em um número de cancelamentos muito menor do que as vendas originadas por contato telefônico. A empresa conseguiu uma redução da taxa de cancelamento superior a 4%, o que gerou um faturamento de R$ 200 mil apenas nos três primeiros meses de funcionamento da plataforma. “Estamos trabalhando com foco EM apresentar um check-out inovador, onde ofereceremos uma venda consultiva ao cliente. Até o momento já realizamos vendas em 148 cidades brasileiras e 21 estados”, comenta.
O lançamento do e-commerce da marca, aliado às ações realizadas no Instagram, deve impactar diretamente no faturamento da rede, que deve chegar aos R$ 67,2 milhões até o final deste ano.