Microfranquias com pequenos investimentos potencializam expansão impulsionada pela crise econômica

Afetado por uma crise econômica que atingiu o país nos últimos anos, o Brasil perdeu investimentos em diversas frentes, mas, por outro lado, viu alguns setores ganharem relevância, como o mercado de franquias.

Sabendo da possível dificuldade que encontraria em alavancar os negócios, o franchising se remodelou e passou a oferecer investimentos a valores mais baixos através do formato de microfranquias visando atender empreendedores com pouco capital para investir no próprio negócio.

O que é

A grande diferença de uma microfranquia para um modelo tradicional é o valor de investimento: as micro requerem investimentos iniciais inferiores e, também, custos operacionais mais baixos. Para a Associação Brasileira de Franchising (ABF) são consideradas microfranquias aquelas que possuem investimentos iguais ou inferiores a R$ 90 mil.

“É interessante colocar no franchising negócios com valores mais baixos porque isso permite ao franqueado se adaptar à sazonalidade e oscilações do mercado. O modelo é atrativo porque como o valor de investimento é menor o prazo de retorno também diminui consideravelmente. Além disso, o custo operacional também é reduzido se comparado a modelos tradicionais”, explica Henrique Mol, diretor executivo da Quisto Corretora de Seguros.

Uma pesquisa inédita divulgada pela ABF em 2017 sobre o perfil das microfranquias no Brasil reitera a afirmação de Mol: 33% das redes que atuam exclusivamente no formato de microfranquias demandam, em média, seis a 12 meses para obter o retorno de investimento, tempo considerado bem mais baixo do que em formatos tradicionais.

“O modelo de microfranquia é interessante para o investidor e também para a própria franqueadora: mesmo arrecadando menos com microfranquias do que com modelos tradicionais essa é uma oportunidade da rede fidelizar o franqueado, inserindo-o no franchising e apresentando-o a outras modalidades de negócio que podem ser atrativas para ele”, diz o diretor.

De acordo com o estudo, em 2016 cerca de 557 marcas operavam com o modelo de microfranquia no Brasil, sendo que 79,8% atuavam exclusivamente com microfranquias e 20,2% operavam em ambos os formatos (tradicional e micro). Ainda não há dados atuais sobre a presença das microfranquias no país, mas na visão de Mol os números de 2016 já foram superados: “É um modelo de negócio consistente que permite ao franqueado atuar de diversas formas. Nem todas as redes oferecem esse formato, mas muitas estão pensando em adotá-lo visto a sua abrangência”.

Diferencial

Um dos grandes feitos do modelo de microfranquias foi alavancar a modalidade home office no Brasil. Por ter um modo de atuação flexível, não requer a mesma infraestrutura que uma loja física, por exemplo, interferindo diretamente no valor de investimento. A Quisto oferece a modalidade e a partir de R$11.990,00 é possível se tornar um franqueado.

São mais de 90 soluções na área de seguros destinados a pessoas físicas e jurídicas abarcando seguros de automóveis, residenciais, equipamentos, empresarial, viagens, entre outros – o grande foco da rede é voltado para soluções de saúde. O suporte ao franqueado é constante e estendido, ocorrendo também aos finais de semana e feriados. O diferencial da marca é sua taxa de comissionamento ao franqueado, a maior do franchising, chegando a 85%.

“O mercado de franquias não para de crescer no Brasil e esse avanço só favorece a ascensão do formato de microfranquias, ideal para quem quer começar o próprio negócio sem ter que fazer um investimento elevado”, avalia Mol.