O setor de franchising desponta como favorito daqueles que pretendem driblar a atual crise econômica do país. Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o faturamento do mercado cresceu 6,8% no primeiro semestre de 2018, com aumento de 4,2% no número de unidades franqueadas.
Todo esse sucesso em um período de recessão e incertezas econômicas não é por acaso. Diante do alto índice de desemprego e dificuldade de recolocação no mercado de trabalho, muitas pessoas decidem empreender como forma de garantir o sustento.
Apesar de não ser imune a riscos, o modelo de franquia é considerado extremamente seguro, com uma taxa de fechamento de empresas nos primeiros dois anos de vida abaixo de 3%. No mercado, em geral, uma em cada três empresas encerra suas atividades neste mesmo período, aponta estudo realizado pelo Sebrae.
Com o advento da internet e das transformações tecnológicas, ampliou-se o leque de oportunidades de negócios nos últimos anos. Assim, sugiram inúmeras franquias de baixo investimento, possibilitando que cada vez mais pessoas possam realizar o sonho do negócio próprio. É o caso da WeAudit, empresa de auditoria e gestão telefônica com atuação em franchising. Tiago Hungria, fundador da marca, ressalta o bom momento do mercado: “Vemos um número crescente de pessoas interessadas no modelo de franquia, sendo que parte delas está desempregada e pretende utilizar as economias para empreender pela primeira vez”.
Entretanto, o empresário lembra que o potencial franqueado deve tomar algumas precauções antes de decidir de qual forma investir: “É importante que o empreendedor não olhe apenas para o investimento inicial, mas também para os custos fixos que terá com seu negócio e o capital de giro necessário. Conhecer indicadores como lucratividade da franquia e faturamento médio, além de conversar com antigos franqueados, é fundamental para fazer uma boa escolha”.
Fato é que o setor segue em crescimento acelerado, em parte amparado pelo boom das microfranquias (com investimento inicial até R$ 90 mil). A estimativa é que até 2020, o faturamento do franchising atinja a casa de R$ 200 bilhões ao ano.