Tradicionalmente, o franchising é conhecido por seu modelo de unidades franqueadas operando em pontos físicos com número significativo de funcionários, sendo este pouco diferenciado independentemente do segmento de atuação da marca. Entretanto, as inovações tecnológicas e a internet possibilitaram uma verdadeira revolução no setor, introduzindo novas formas de se fazer negócios. Assim, surgiram franquias com estruturas extremamente enxutas e eficientes, criando oportunidades para franqueados com baixo capital para investimento.
Fato é que estas novas formas de atuar no franchising estão transformando todo o setor. Apesar da crise econômica, o crescimento do mercado de franquias segue uma constante nos últimos anos. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Franchising (ABF), a projeção de faturamento para 2018 é de R$ 180 bilhões, cerca de 9% a mais que em 2017. Na vanguarda desta tendência, estão os novos modelos de negócios, que se popularizaram ao longo dos últimos cinco anos e têm contribuído para um resultado tão expressivo.
A primeira grande transformação veio a partir da ausência de necessidade de uma estrutura física, que geralmente corresponde à maior parte dos custos para lançamento de uma franquia. Com o fortalecimento da internet, especialmente a partir do início desta década, diversos modelos de franquias home office começaram a surgir, atuando em áreas como consultoria, marketing digital e seguros.
Para Tiago Hungria, fundador da WeAudit, essas transformações são positivas para o mercado como um todo: “A inovação tecnológica permitiu que diversas marcas pudessem escalar seus negócios com o modelo de franquias, sem a necessidade de uma megaestrutura física. Isso também é positivo para o potencial franqueado, que investe menos capital e com muito mais segurança”. O empresário também ressalta que houve uma aproximação entre franqueador e franqueado, possibilitando maior suporte e capacitação das redes, o que profissionaliza a gestão e aumenta as chances de sucesso do negócio.
A WeAudit, atuando com auditoria e gestão de telefonia, opera com um modelo de franquia compartilhado – ou seja, tanto o franqueado quanto o franqueador estão envolvidos no atendimento e relacionamento com o cliente final. “A prestação do serviço de auditoria é realizada pela franqueadora, então o franqueado não necessita arcar com a contratação de profissionais especializados nesta área. Com isso, sua lucratividade acaba sendo acima da média do mercado”, analisa Hungria.