De acordo com sondagem realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com 1,12 mil consumidores na capital paulista, 63% dos entrevistados pretendem comprar presente no Dia das Mães, quatro pontos porcentuais (p.p.) superior ao ano passado, quando 59% responderam o mesmo.
A sondagem mostra ainda que a proporção dos que não pretendem presentear atingiu 20%, enquanto que em 2017, foi de 25%, queda de 5 pontos porcentuais. Entre os motivos 45,5% responderam estar sem condições financeiras ou endividados.
O valor médio que deve ser gasto com presente caiu de R$ 222 para R$ 211 neste ano, mas segundo a FecomercioSP, a diminuição não altera a perspectiva positiva da data e apenas sinaliza um consumidor mais moderado.
Os itens mais procurados pelos filhos devem ser vestuários, calçados e acessórios (34,5%); perfumes e cosméticos (15,5%); e eletrodomésticos (8,5%), havendo uma forte sintonia entre o que as mães querem ganhar, já que 22,6% responderam que gostariam de vestuários, calçados e acessórios; 11,4%, perfumes e cosméticos; e 10,8%, eletrodomésticos – embora celular (5,7%), aparelho de som e viagens (3,6%) estejam na lista.
Cautela e moderação
A sondagem mostra ainda o consumidor com um maior grau de racionalidade, apesar da pressão emocional da data. A proporção de entrevistados que deixaria de comprar o presente das mães na data para aproveitar uma promoção é bastante significativa (43%). E 40% alegaram que a situação em 2018 para comprar presentes está pior que no ano passado, quando a proporção era de 55%. Além disso, 95% não querem contrair dívidas nem estão dispostos a recorrer a financiamentos ou empréstimos para comprar presentes na data.
Com isso, 80% dos consumidores pretendem pagar à vista, mas, na prática, a maioria acaba aderindo às facilidades do parcelamento, principalmente com o cartão de crédito (19%).
Para a FecomercioSP, considerando o que vinha ocorrendo nos últimos anos, quando a deterioração do ambiente de emprego e renda era evidente, as atuais variações são um sinal de melhoria gradativa se comparado a anos anteriores.
Maio positivo
As projeções da FecomercioSP para o mês de maio mostram que vendas do comércio varejista no Estado de São Paulo devem crescer 3,8% no mês. Caso a previsão se concretize, o varejo encerrará os cinco primeiros meses do ano com uma taxa acumulada de vendas 3,2% superior ao mesmo período do ano passado, que já apresentava avanço de 3,3% ante 2016.
Além disso, o faturamento real dos segmentos diretamente atingidos pela data – vestuário, eletrodomésticos e eletrônicos; móveis e decoração; supermercados; e farmácias e perfumarias – deve alcançar R$ 31,3 bilhões no mês, cerca de R$ 1 bilhão acima do obtido no mesmo período em 2017, com alta real de 3,4%.
Considerando apenas essas atividades, a maior taxa de crescimento das vendas, em maio, deve ser registrada pelas lojas de móveis e decoração (8,5%), seguida pelas lojas de vestuário, tecidos e calçados (3%) e pelos supermercados (5,4%).