Nos últimos quatorze anos, o empreendedorismo feminino cresceu 34%, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). O estudo de 2017 também mostra que mais de 7,9 milhões de mulheres abriram micro e pequenas empresas como forma de aumentar o rendimento ou até mesmo de alcançar a autonomia financeira. É o caso de muitas das 98 diretoras franqueadas das Óticas Diniz – maior rede do varejo óptico do Brasil. Entre elas, Rita de Cássia.
Natural de São Luís, a maranhense foi convidada pelo presidente da marca, Arione Diniz, para ser gerente de vendas, em 1997. A sétima loja da rede no estado era mais uma realização do sonho do fundador de ampliar o negócio que começou quatro anos antes, na Rua de Santaninha, no centro da cidade. “Foi um momento muito especial, pois a unidade estava localizada na principal via do comércio local, o que começou a atrair muita gente e a deixar a marca mais conhecida. E para mim foi o início de uma grande oportunidade”, conta.
Após cinco anos nesta função, Rita participou de um projeto de expansão das Óticas Diniz e mudou-se com a família para o Ceará. “Mais uma vez, o seu Arione continuou enxergando o meu potencial e acabei me tornando sócia da rede em Fortaleza. Com muita força de vontade e trabalho árduo, ajudei a abrir 15 lojas na capital. Mas depois, quando a marca entrou para o sistema de franquias, em 2007, me senti preparada para seguir em carreira solo”, lembra.
Como as Óticas Diniz estavam em expansão pelo país e precisavam de empreendedores em diversas regiões, Rita encontrou a chance que faltava para realizar o sonho de ter o seu próprio negócio. Em 2008, no auge dos seus quarenta anos, a maranhense seguiu para o Sul com a missão de introduzir a marca em Porto Alegre. “Foi um grande desafio inaugurar simultaneamente três unidades na capital do Rio Grande do Sul. Claro que a experiência anterior me ajudou muito nesse início, mas, sem dúvida, o apoio do seu Arione, que é uma fonte de inspiração com sua história que emociona, foi fundamental. E mesmo com o passar dos anos, continuo me espelhando em sua visão de águia, e em sua maneira única de tratar, motivar e manter bons relacionamentos com clientes, fornecedores e os diretores franqueados da rede para ter sucesso na área”, afirma.
Atualmente, Rita comanda 23 lojas das Óticas Diniz em Gravataí, Canoas, Alvorada, Viamão, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Sapiranga, Guaíba e Gramado, além de Porto Alegre. “Empreender é o sonho de muita gente, mas engana-se quem pensa que ter o próprio negócio significa trabalhar menos. É preciso energia para tirar as ideias do papel e fazer acontecer. No meio empresarial ainda existe um certo preconceito sobre a capacidade da mulher de estar à frente de uma grande corporação. Mas a evolução feminina, ao longo do tempo, tem feito a diferença no resultado dos negócios, nos mais diversos segmentos. Por isso, histórias como a minha são exemplos do que podemos conquistar”, destaca.
Outra empreendedora de sucesso da rede é Maria Adelaide Dantas. Nascida em Acari, no Rio Grande do Norte, ela conheceu as Óticas Diniz em uma mega inauguração na capital do estado, em 2000. Um ano depois virou colaboradora da marca, e foi a convite de seu antigo patrão, Aécio Diniz, que aceitou o desafio de empreender com a rede, em 2007. “Conversei com meu marido e resolvemos aproveitar essa oportunidade. Acreditamos tanto neste sonho que vendemos tudo o que tínhamos na época, uma casa e um carro, para iniciar o negócio já no ano seguinte em nossa cidade”, garante.
O projeto deu tão certo que a empreendedora decidiu tentar a sorte em uma praça maior para ter mais chances de crescimento. “Então, seguimos para Ribeirão Preto, em São Paulo, e, por acaso acabamos sendo os primeiros diretores das Óticas Diniz a chegar ao estado. Como todo começo, foi difícil empreender ainda mais em um lugar tão distante da minha cidade. Mas valeu muito a pena”, revela Maria Adelaide.
Hoje, a diretora franqueada administra 12 lojas da marca, localizadas nos municípios de Sertãozinho, Bebedouro, Barretos, Jaboticabal, Franca e em Ribeirão Preto. “Não devemos ter medo de realizar o nosso sonho, pois a partir do momento em que se acredita no próprio potencial, o sucesso se torna consequência. E pouco importa se você é homem ou mulher. A diferença é que o gênero feminino tem uma força incrível para conciliar trabalho, filhos, marido e muitas outras coisas”, afirma.
Já a paulistana Rosa Maria Coutinho atua neste mercado desde 1987, quando abriu a sua primeira óptica na cidade de Arujá, na região do Alto Tietê e Vale do Paraíba. “Era uma lojinha pequenininha, com apenas dois funcionários. Contei com a ajuda deles para crescer e logo vieram as unidades de Santa Isabel, Mogi das Cruzes, Suzano, Guararema, São José dos Campos e Taubaté. E depois te todos esses anos, os nossos dois primeiros colaboradores estão conosco até hoje e se tornaram amigos inseparáveis”, conta emocionada.
Quando as Óticas Diniz chegaram em São Paulo, a empreendedora viu a possibilidade de virar a bandeira da rede. “Em 2013 abraçamos essa chance e nos dedicamos com muito empenho e carinho para o crescimento da marca nas praças em que estávamos presentes porque enxergamos uma empresa sólida, voltada para o futuro e para a formação das novas gerações”, afirma Rosa Maria.
Para Giuliane Diniz de Souza,foia trajetória do seu tio, Arione Diniz, fundador da rede, que a motivou a ter o próprio negócio. “Ele me incentivou a realizar esse sonho. E, aos dezenove anos, fiz um empréstimo com meu pai para abrir uma pequena loja na Paraíba. Jamais imaginei que a ideia daria tão certo”, garante.
No comando de sete unidades localizadas em Campina Grande e em Esperança, a empreendedora faz questão de ter em seu quadro de colaboradores muitas mulheres. “Elas representam 85% dos meus funcionários e acredito na força feminina para lidar com o público e ocupar cargos de liderança, fazendo gestões iguais ou até melhores que às dos homens. Tanto que nós, mulheres, temos nos destacado na rede a ponto de já sermos 46% das diretoras franqueadas das Óticas Diniz. E tudo isso não é por acaso”, comenta.