Com o índice de desemprego ainda alto no Brasil, na casa dos 13%, segundo o IBGE, um dos principais entraves que costumam surgir na mente dos contratantes é a escassez de mão de obra qualificada. A falta de especialização técnica é uma realidade na grande maioria das regiões brasileiras, incluindo as metrópoles, o que acaba inibindo a retomada mais acelerada da economia.
Por outro lado, alguns segmentos que não carecem de uma força de trabalho com experiência vem se apresentando como porta de entrada para pessoas sem ampla qualificação. É o caso das franquias de lavanderias, que formam esses profissionais com treinamentos internos. “Essa peculiaridade da área apoia não somente a capacitação dos trabalhadores de operação, mas os próprios empreendedores. 90% de nossos franqueados nunca trabalharam com lavanderia antes e, mesmo assim, são bem sucedidos”, comenta Claudia Coifman, Gerente de Expansão do Grupo Acerte Franchising, que atua no mercado brasileiro há mais de 20 anos e detêm famosas redes, como Quality Lavanderia e Prima Clean Lavanderia Express.
“Eu e meu sócio vínhamos de áreas totalmente distintas antes de adquirir a lavanderia e, apesar disso, não sentimos o impacto da mudança, muito por conta do know-how de uma rede consolidada”, ressalta Daniel Souza, franqueado da Quality Lavanderia, que abriu o negócio há pouco mais de cinco meses. “O maior desafio neste inicio de operação é entender a dinâmica do mercado, mas isso é algo a ser aprimorado naturalmente”, completa.
Essa rápida adaptação ao segmento passa também pela estrutura que a rede de franchising dispõe. “Oferecemos aos franqueados treinamentos regulares de gestão, marketing, vendas, operação, atendimento, entre outros, onde eles recebem orientações completas sobre a estrutura de negócios, além de como recrutar seus colaboradores e como gerenciar o dia a dia da loja”, explica Claudia.
As franquias do segmento de Limpeza e Conservação, onde se enquadram as lavanderias, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), têm apresentado um bom desempenho em 2017. Segundo dados da Associação, o ramo cresceu cerca de 5% neste ano. Somente no segundo trimestre, o faturamento alcançou a casa dos R$ 335 milhões. “Este é um mercado que apresenta boa margem de crescimento no Brasil por vários motivos. Além da procura da população por esse tipo de serviço, a facilidade da operar e, finalmente, de contratar funcionários se traduz em rentabilidade”, finaliza Claudia Coifman.