No Brasil, o cenário ainda é desvantajoso para as mulheres no mundo do empreendedorismo – segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2015, a proporção é de 36,4% de presença feminina em empreendimentos próprios, contra 42,4% dos homens. E isso se prova na prática: na Help Home por exemplo, são 70 franqueados homens e apenas sete mulheres. Por isso, a rede de manutenção e reparos adotou, desde março, políticas para estimular a adesão de empreendedoras à marca, oferecendo desconto de 20% na taxa de franquia.
Estevan Pavarin, fundador da Help Home, destaca que o objetivo é chegar a um patamar igualitário na base de franqueados. “Sabemos que as mulheres estão menos presentes nesse universo, mesmo com tanto potencial quanto os homens, e queremos mudar isso”, afirma. Na opinião do empreendedor, as mulheres geralmente têm mais aguçadas duas características que são pilares para o setor de manutenção: atenção aos detalhes e tato para se comunicar com os funcionários e clientes.
Para a arquiteta Débora Silva, que se tornou franqueada da Help Home em São Paulo em 2017, o segmento de manutenção e reparos tem muito a ser explorado pelas mulheres. “No meu grupo de 20 amigas, sou a única que está empreendendo, mas isso está mudando”, opina. Sobre a iniciativa da Help Home, ela considera “ótima e necessária”. Além do desconto, o baixo investimento inicial e a segurança do portfólio foram outras razões que a fizeram optar pela marca.
Segundo Pavarin, com a promoção, surgiram 80 interessadas até o momento, sendo que 5% já fecharam negócio. “Queremos estimular a participação feminina para que elas tenham mais oportunidades de mostrar e explorar seu potencial no mercado de manutenção e reparos”, conclui. O investimento inicial para abrir uma franquia da Help Home é de R$ 35 mil, incluindo capital de giro e a taxa de franquia. O faturamento médio mensal é de R$ 30 mil e o prazo de retorno varia de três a seis meses.