Em novembro, o Índice de Estoques (IE) alcançou 102,1 pontos, alta de 2,7% em relação a outubro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a elevação é ainda maior (7,9%). O crescimento é resultado da diminuição da proporção de empresários com estoques acima do adequado, que passou dos 37% em outubro para os 35,6% em novembro (queda de 1,4 ponto porcentual). Na comparação interanual, quando 37,8% dos empresários do comércio declararam estar com estoques acima do adequado, houve queda de 2,2 p.p.. Em relação à proporção de empresários com estoques abaixo do ideal houve estabilidade na comparação mensal, com a manutenção dos 13,3%, porém, na comparação com novembro de 2015 registrou-se queda de 1,6 p.p..
Os dados são do Índice de Estoques (IE) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que capta a percepção dos comerciantes sobre o volume de mercadorias estocadas nas lojas, e varia de zero (inadequação total) a 200 pontos (adequação total). A marca dos cem pontos é o limite entre inadequação e adequação.
A parcela de empresários que consideram seus estoques adequados registrou crescimento de 1,4 p.p. na comparação mensal, passando dos 49,6% para 51%. Em relação a novembro de 2015, o aumento foi de 3,8 p.p., quando essa parcela era de 47,2%.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, considerando o momento em que as vendas permanecem baixas e os estoques relativamente elevados, a redução média dos estoques às vésperas do Natal é a melhor notícia para o varejo. Se bem geridos os setores de compras das lojas, segundo a Entidade, o Natal será um excelente momento para ajustar definitivamente os estoques em excesso.
Os indicadores apurados pela FecomercioSP, compostos pela confiança de empresários e consumidores, índice de estoques, propensão a investir e a contratar reforçam o bom momento e indicam que o País está rumo à recuperação em 2017. Para a Federação, o quadro tende a melhorar na medida em que as políticas de equilíbrio macroeconômico forem sendo implementadas (como o atual caso da PEC 241 e que assim também se espera da Reforma Trabalhista e da Previdência) ainda que se tenha um período demorado até que tudo se normalize e que os empresários do varejo consigam efetivamente ajustar os seus estoques a patamares mais confortáveis.
A FecomercioSP acredita que o Natal pode servir para fazer boa parte desse ajuste de estoques, desde que não haja euforia com as perspectivas de melhoria nas vendas. Provavelmente o Natal deste ano será melhor do que em 2015, porém os empresários devem usar essa perspectiva sem exageros, sob risco de terem produtos de sobra para as liquidações de janeiro.
Nota metodológica
O Índice de Estoques é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde junho de 2011, com informações de cerca de 600 empresários do comércio nos municípios que compõem a região metropolitana de São Paulo. O indicador vai de zero a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques para “acima” – quando há a sensação de excesso de mercadorias – e para “abaixo”, em casos de os empresários avaliarem a falta de itens disponíveis para suprir a demanda a curto prazo.
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