Mesmo o setor de franchising sendo um dos menos afetados pela crise, ele não está passando totalmente alheio a ela. Infelizmente, muitas redes estão enfrentando dificuldades e, nesse momento, franqueados e franqueadores parecem mais preocupados em se atacarem e culparem um ao outro pelo insucesso da rede.
De um lado, o franqueador alega que o franqueado não tem perfil adequado. Não sabe vender, não sabe lidar com pessoas, não sabe gerir financeira e operacionalmente o negócio. Do outro, o franqueado alega que não recebe o apoio e suporte adequado da marca. Não tem treinamento, a marca é fraca, não tem estrutura, não tem foco.
De fato, um dos requisitos mais importantes para credenciar uma rede de franquias ao sucesso é o perfil dos seus franqueados. Na ânsia de ganhar escala com o negócio, muitos franqueadores optam por “baixar a régua” nas exigências durante a venda das franquias. Mais tarde, essa conta aparece.
Aliás, esse é um ponto que merece atenção. De forma generalizada, o mercado trata o processo como se fosse uma venda, e não um recrutamento. O franqueado tem um papel muito importante na rede e precisa preencher alguns requisitos importantes para assumir a operação do negócio.
Para cada marca esses requisitos são diferentes. Não existe receita de bolo. Em algumas, ele precisa ter um bom perfil comercial. Em outras, precisa ser um bom gestor de pessoas. Alguns negócios demandam atenção integral, outros, parcial. Ele está realmente disposto a colocar a mão na massa no que for preciso?
Outra questão decisiva: ele conhece bem a região onde pretende atuar? Ter networking e conhecer de perto as especificidades do local é um fator determinante. Além disso, ele está mesmo disposto a seguir os padrões e regras estabelecidos pela franqueadora? Ser disciplinado nesse sentido é o primeiro passo para evitar dores de cabeça futuras para ambos os lados.
Com o franqueado preenchendo bem os requisitos da marca, é hora de verificar se a franqueadora está cumprindo seu papel. Ela oferece o apoio e suporte prometidos? Infelizmente, o que mais se vê é um desalinhamento geral das expectativas entre as partes.
Alguns franqueadores cometem o erro de não deixar claro o que será entregue para o futuro franqueado e quais são as responsabilidades dele. Presenciei situações em que o franqueador dizia para o candidato: “fique tranquilo que iremos ajudá-lo!”. Meses depois, esse franqueador recebeu uma ligação do franqueado pedindo que ele enviasse o consultor de campo da franqueadora para cobrir as suas férias.
Há outros casos ainda – como em qualquer outro mercado – em que franqueadores mal-intencionados já fazem promessas sabendo que não irão cumprir. Imagine só uma pessoa que economizou o seu dinheiro a vida toda para realizar o sonho de ter o seu próprio negócio e “cai” em uma roubada dessas? Lamentável.
Portanto, para quem quer franquear o seu negócio, pense bem no tamanho da responsabilidade que você tem. Se coloque na posição de franqueado e sempre utilize o bom senso. Não faça nada ao próximo que você não gostaria que fizessem para você.
Para os que querem adquirir uma franquia, investigue e vá a fundo nas informações. Recrute o seu franqueador. Atualmente, temos mais de três mil marcas para você escolher. Tenho certeza que há uma adequada aos seus valores éticos e necessidades. Basta ter disponibilidade e paciência para procurar.
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