Há 40 anos, a palavra empreender nem existia, mas não faltavam bons empreendedores por aí. O senhor Antônio Martins Mesquita era um deles e, na época, nem imaginava a dimensão que seu pequeno negócio, uma lanchonete no centro de Campinas, tomaria. Isso porque, há três anos, seu filho, Ricardo do Vale Martins Mesquita, assumiu as rédeas do empreendimento e iniciou a modernização e a expansão da empresa através do sistema de franquia.
Seu interesse pela Sucão Lanches, nome dado à empresa em 1975, começou de maneira bem natural. Desde criança, Ricardo adorava visitar a loja dos seus pais. Com o passar do tempo, a lanchonete se tornou um verdadeiro point na cidade e se destacava pela excelência de seus sucos naturais, preparados na hora com combinações que iam das mais tradicionais as mais inusitadas.
Contudo, Ricardo começou a se envolver verdadeiramente com o negócio depois de iniciar sua faculdade de Administração de Empresas. “Ainda durante o curso, à medida que ia me informando e entendendo melhor o mundo empresarial, sugeria ao meu pai melhorias para a empresa. Mas, era praticamente impossível mudar alguma coisa. Mas, ao menos, eu tentava”, comenta.
E, após tentar por inúmeras vezes modernizar o negócio de sua família sem obter sucesso, o recém-formado se mudou para a capital e começou a trabalhar em uma grande empresa de consultoria de gestão de resultados. Sua atuação por um ano no segmento foi suficiente para que aprendesse ainda mais sobre as melhores estratégias de mercado e já começasse a vislumbrar abrir sua própria loja da marca do seu pai.
Mas, para não dar um passo maior do que a perna, antes de tomar essa decisão, Ricardo realizou inúmeras pesquisas para verificar o potencial de mercado do negócio e como este poderia ser profissionalizado. Os resultados não poderiam ser melhores. O setor de alimentação saudável estava em franca expansão. “A demanda por uma alimentação melhor fora de casa vinha crescendo a todo vapor. Redes tradicionais de fast food já tentavam incluir no cardápio opções mais saudáveis, sem grande sucesso. Foi nesse momento que observei todo o potencial do negócio”, explica Mesquita.
Para viabilizar o investimento, Ricardo se uniu a dois amigos de infância, o arquiteto Filipe Falcão e o economista Henrique Soré. Ao abrir sua loja própria, o administrador conquistou a liberdade que precisava para aplicar as alterações que considerava essenciais para o crescimento da marca. O primeiro passo foi ampliar o mix de produtos oferecidos para melhor atender a demanda de seus clientes. “Atualizamos o portfólio com o objetivo de oferecer ao nosso público uma opção de refeição completa e saudável, sem abrir mão da qualidade e do sabor que já eram reconhecidos da nossa marca”, comenta.
Em seguida, foi à vez de modernizar a operação de modo a torná-la replicável. Ao observar o desempenho do franchising no Brasil, a escolha não poderia ser mais certeira. Para se ter uma ideia, mesmo com toda a recessão econômica que o país enfrenta, segundo dados da ABF – Associação Brasileira de Franchising, só no segundo trimestre de 2016, o setor registrou um crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado, fazendo com que o faturamento do período chegasse a R$ 35,2 bilhões.
Assim, em 2014, chegou ao mercado a franquia Sucão. “Nos preocupamos em formatar um modelo sólido e sustentável que tivesse um portfólio completo de produtos e baixo custo operacional, mantendo nosso grande diferencial: proporcionar aos clientes uma alimentação saudável e saborosa, com preços competitivos e rapidez na entrega”, explica Mesquita.
Hoje, o senhor Antônio só tem motivos para se orgulhar. “No começo fui bastante resistente à ideia de mudar e expandir. Já estava satisfeito com o que tinha. Mas, aos poucos, meu filho foi me convencendo de que havia um potencial mal explorado, uma demanda reprimida. Passei a ouvi-lo mais e o tempo está mostrando que ele tinha razão”, alegra-se.
Apenas três anos depois de Ricardo assumir seu interesse e responsabilidade pelo negócio da família, a rede já conta com doze unidades no estado paulista. “Sem dúvida, a experiência dos meus pais foi fundamental durante todo esse processo. Às vezes, para crescer é preciso investir na modernização. Observar e se preparar para atender as demandas do amanhã é fundamental para manter a sustentabilidade de um negócio. Ao que tudo indica, parece que fiz a escolha certa”, finaliza.
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