Os serviços de educação e saúde acumularam alta maior que a média da inflação nos primeiros sete meses de 2016, com elevação nos preços de 7,10% e 7,77%, respectivamente. É o que aponta o Índice de Preços de Serviços (IPS), indicador que integra juntamente com o Índice de Preços do Varejo (IPV), o Custo de Vida por Classe Social para a Região Metropolitana de São Paulo (CVCS), pesquisa mensal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Os preços dos serviços que contemplam o IPS subiram, em média, 4,10% no período. Dentre eles, destaque para Saúde e cuidados pessoais (7,77%), Educação (7,10%) e Habitação (4,25%). Levando-se em conta que os serviços possuem representatividade de 48,5% no CVCS, o peso destes grupos somados no IPS chega a quase 50%, sendo 26% de Habitação, 11% de Saúde e cuidados pessoais e 11% para Educação.
Com relação à Saúde, o grupo de Serviços médicos e dentários acumula acréscimo de 5,18% nos setes meses de 2016, tendo como destaque os subitens Dentista (5,92%) e Fisioterapeuta (6,44%). Já os grupos Serviços laboratoriais e hospitalares e Plano de Saúde acumulam alta de 9,98% e 7,38%, respectivamente.
Já no segmento de Educação, as maiores altas foram observadas nos Cursos regulares (7,33%), tendo como variações mais contundentes as vistas em Educação infantil (12,67%), Ensino fundamental (10,8%) e Ensino superior (10,64%), acompanhados de Cursos diversos (6,22%), sendo a alta dos Cursos preparatórios de 11,71% e Curso de idioma, 8,34%.
Para a FecomercioSP, a alta de preços nesses dois grupos compromete ainda mais o já abalado orçamento das famílias, pois tratam-se de serviços de necessidade básica e que dificilmente podem ser suprimidos sem comprometer o bem-estar das mesmas.
De acordo com a assessoria econômica da Federação, na análise por classe social, observa-se que as famílias que possuem maior rendimento são as que mais destinam uma porcentagem da renda para os serviços de saúde, ao passo que as famílias que possuem rendimento inferior tendem a recorrer a tratamentos no sistema público de saúde. As classes de renda A (rendimento superior a R$ 12.207,23) e B (rendimento entre R$ 7.324,34 a R$ 12.207,22) despendem 13% e 15%, respectivamente com saúde. Já as classes E (rendimento inferior a R$ 976,58) e D (rendimento entre R$ 976,59 a R$ 1.464,87) destinam 3,3% e 5,8%, respectivamente para a atividade.
Na análise por classe social referente aos gastos com a educação nota-se que as famílias cujos rendimentos estão entre R$ 7.324,34 a R$ 12.207,22 – classe B – destinam, em média, 17,4% do seu orçamento para o segmento. Já as famílias cujos rendimentos superam R$ 12.207,23 – classe A – assumem a segunda posição, gastando 13,2% com serviços de educação.
Por outro lado, os domicílios onde as famílias têm rendimento inferior a R$ 976,58 – classe E – não ultrapassam 1,4% do seu orçamento com gastos desta natureza. Já os lares que se enquadram entre o rendimento médio de R$ 976,59 a R$ 1.464,87 – classe D – direcionam 2,1% para os serviços educacionais.
Segundo a Federação, supridas as necessidades alimentares de um domicílio, que dificilmente podem ser retiradas do orçamento das famílias, é comum haver alterações no padrão de comportamento dos consumidores, levando-os a migrar para planos de seguridade mais simples, troca de escolas, ou, até mesmo, o abandono de planos de saúde e cursos complementares de qualificação.
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