Treinador comportamental sugere franchising para empreendedores 50+

“Você só consegue ter uma longevidade saudável se for produtiva”. É com base nessa máxima, de viver mais e com o cérebro ativo, que o médico, neurocientista e treinador comportamental Dr. Jô Furlan lançou o programa Empreendedorismo Sênior, que começou em parceria com a Oficina UniversIDADE, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e começa a ganhar território e novos canais. O projeto foi desenvolvido desde 2016 pelo especialista em comportamento humano após observar que mais de 50% das empresas abertas no estado de São Paulo pertenciam a pessoas com mais de 50 anos.

Dados mais recentes, da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) e divulgados pelo Sebrae, mostram que, em 2016, a faixa etária de 55 a 64 anos representava 29,6% do total de empreendedores no Brasil. Um ano depois, eles já eram 32,3%. Outros levantamentos apontam que, em média, o brasileiro se aposenta aos 59 anos de idade, uma das menores médias de idade para se aposentar do mundo.

Embora Furlan esteja exatamente com 50 anos, o programa não se destina a pessoas como ele, já que empreende há, pelo menos, 30 anos. “Formatamos o Empreendedorismo Sênior para orientar aqueles os quais chamo de VES (Vividos, Experientes e Sábios). Falamos com quem já trabalhou como empregado durante boa parte da vida e está disponível no mercado, aposentado ou não, e que deseja aplicar seu conhecimento em algo próprio. Para eles, potencializamos suas capacidades conquistadas ao longo do tempo e buscamos eliminar características que podem atrapalhar no processo de empreender”, conta.

Superar medos e combater eventuais resistências ao aprendizado, especialmente quando relacionado a novas tecnologias, são os principais desafios de quem empreende após os 50 anos.

Franchising proporciona menor risco

De acordo com Paulo Sérgio Souza, de 58 anos, amigo e sócio de Furlan no programa Empreendedorismo Sênior, a ideia não é criar milionários – eventualmente, isso pode acontecer –, mas fazer com que cinquentões, sessentões, setentões ou até mais experientes possam criar negócios que estejam de acordo com seus valores e propósito de vida. “Queremos ensinar a empreender sem colocar em risco o patrimônio adquirido ao longo da vida. Vamos ajudar a sair da inércia, reconhecendo que a tecnologia veio para mudar o mundo e querendo fazer parte deste novo mundo. Não é questão de dinheiro, mas de cérebro”, diz. Por isso, eles acreditam que apostar em franquias é uma das alternativas mais viáveis, já que o propósito do franchising é replicar modelos de negócios que já foram testados e proporcionar um suporte para a operação. “Uma pesquisa divulgada pelo Sebrae endossa isso. De acordo com a entidade, 70% das pessoas que pensam em abrir um negócio após completarem o tempo necessário de contribuição ou plano previdenciário veem nas franquias a saída para manter ou melhorar o poder aquisitivo”, diz.

Atualmente, com as chamadas microfranquias – e até nanofranquias (investimento até R$ 20 mil) – possibilitam que empreendedores tenham um retorno financeiro em pouco tempo e consigam gerar um rendimento extremamente interessante a quem dependeria apenas do valor da aposentaria.

Vantagens do franchising

  • Modelo de negócios estabelecido, testado e sólido
  • Força da marca e marketing sempre ativo
  • Segurança e solidez da marca
  • Características do empreendimento já pré-estabelecidas
  • Sistemas de gestão já adaptados ao modelo de negócio
  • Suporte em marketing, gestão, cobrança, financeiro etc.
  • Auxílio na definição territorial e escolha do ponto
  • Estudo de mercado pronto

Vantagens do empreendedor sênior

  • Experiência profissional
  • Maior foco
  • Menos vaidade nas relações interpessoais
  • Maior rede de contatos
  • Patrimônio adquirido
  • Despesas pessoais mais baixas
  • Maior tempo livre para criar
  • Menos dúvidas sobre atividades que trazem bem-estar

Desafios do empreendedor sênior no sistema de franquia

  • Adaptação às novas tecnologias
  • Resistência a adquirir novos conhecimentos
  • Vícios obtidos na vida como empregado
  • Medo de perder patrimônio
  • Certezas e convicções
  • Cultura de trabalho antiga
  • Compreensão de que a dedicação influencia diretamente no resultado da empresa