“Store in store”: vale a pena trabalhar com uma loja dentro da loja?

Store in store significa, literalmente, loja dentro da loja. Como isso funciona? Um exemplo é uma livraria que tem um café em suas dependências, por exemplo. A ideia é um estabelecimento complementar o outro, um se beneficiar do movimento do outro.

Esse modelo de lojas de franquias já existe na Europa e nos EUA há quase duas décadas e vem crescendo no Brasil. Estudos apontam que essa solução pode gerar aumento de rentabilidade de até 60%. E a promessa é de redução de custos significativa. Além de dividir o aluguel, as redes que optam por esse modelo dividem o aluguel e as contas de energia elétrica, água, limpeza e outras.

O Mapa das Franquias conversou com Marcus Rizzo, sócio da consultoria Rizzo Franchise e um dos fundadores da Associação Brasileira de Franquias (ABF), para tentar entender esse percentual que parece bom demais para ser verdade. Especializado na estruturação de organizações franqueadoras e suas redes, Rizzo tem sido bem sucedido nessas atividades trabalhando com redes no Brasil e no exterior, com experiência em mais de cem organizações nacionais e multinacionais.

Mapa das Franquias: Como surgiu o modelo “store in store” e como ele pode beneficiar duas franquias diferentes?
Marcus Rizzo: Como franquia este modelo não existe. Foi uma criação de três organizações que vendem produtos para franqueados e que desejavam vender produtos para donos de multimarcas de pequenas localidades.
Neste caso especificamente, não há a reprodução de um modelo de negócio que tenha um formato operacional, apenas um espaço dentro de um negócio existente, em qualquer lugar, que compre e venda produtos originais dos franqueadores envolvidos e, convenhamos, isto não é franquia.

Mapa das Franquias: É possível combinar qualquer tipo de franquia ou existem combinações e acordos pré existentes no mercado para quem está interessado numa operação desse tipo?
Marcus Rizzo: Se você possui uma operação que tem formato, padrão e posicionamento, certamente que não. Se você possui um negócio, que chama de franquia, que adapta formato, padrão e posicionamento em qualquer mercado, tudo é possível.

Mapa das Franquias: Quais os exemplos mais criativos (e lucrativos) de store in store aqui no Brasil que poderiam ser citados? Ainda existe espaço para inovar dentro desse modelo? Do que o mercado precisa que ainda não tem?
Marcus Rizzo: Criatividade nesta área é “empurroterapia” de produtos para “supostos” franqueados. Ou seja, rapidamente o franqueado sai do negócio, pois encontra, ou lhe é oferecido produtos semelhantes com preços menores e muitas vezes qualidade superior.

Mapa das Franquias: Por favor, forneça algumas dicas e considerações finais para quem está interessado em um franquia operando dessa maneira.
Marcus Rizzo: Não adquira! Se tiver dúvida pergunte para pelo menos quatro que já adquiriram.

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