Cada vez mais o mercado de trabalho no setor de serviços do Estado de São Paulo demonstra recuperação. Em abril, o setor abriu 12.891 postos de trabalho formais, resultado de 174.889 admissões contra 161.998 desligamentos. Foi o terceiro mês consecutivo de saldo de empregos positivo, o que não ocorria desde o período de setembro a novembro de 2014. Na comparação com o mesmo mês de 2016, houve expressiva melhora, já que, na ocasião foram, fechados 5.145 postos de trabalho no setor. Já no acumulado de maio de 2016 a abril de 2017, houve eliminação de 78.857 postos de trabalho. Com isso, o setor de serviços paulista encerrou abril com um estoque total de 7.335.742 trabalhadores formais, 1,1% inferior ao apurado no mesmo mês de 2016.
Os dados compõem a Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços do Estado de São Paulo (PESP Serviços), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do Ministério do Trabalho por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Apesar dos bons resultados no período recente, entre as 12 atividades pesquisadas, apenas os serviços médicos, odontológicos e serviços sociais (2,1%) apresentaram alta no estoque de empregos com relação a abril de 2016. Já os destaques negativos ficaram por conta das atividades de transporte e armazenagem (-3,4%), artes, cultura e esportes (-2,1%) e profissionais, científica e técnica (-2,1%).
No caso das ocupações, em abril, os condutores de veículos e operadores de empilhadeira lideraram a geração de vagas (3.057 empregos), seguido pelos trabalhadores de informações ao público, com a abertura de 1.971 vagas.
Segundo a FecomercioSP, enquanto o mercado de trabalho do comércio atacadista parece estar estabilizado e o varejo, enfim, segue o mesmo caminho, o mercado de trabalho formal do setor de serviços do Estado de São Paulo mostra significativa reação. Mesmo com quase 80 mil vínculos a menos nos últimos 12 meses – sendo que apenas o segmento de serviços médicos, odontológicos e sociais gerou novas vagas -, ao considerar apenas o primeiro quadrimestre de 2017, houve a criação de 41,6 mil novas vagas no setor.
Ainda que mais da metade desse saldo seja proveniente dos serviços educacionais, a Federação ressalta que nove das 12 atividades analisadas registraram mais admissões que desligamentos no mês. Esta reação revela um cenário econômico mais positivo e otimista, e isso é fundamental, segundo a Entidade, para uma sequência mais consolidada também no mercado de trabalho do setor.
Capital paulista
Em consonância com o bom desempenho estadual, o setor de serviços na cidade de São Paulo criou 4.478 empregos com carteira assinada em abril, resultado de 79.200 admissões contra 74.722 desligamentos. No acumulado dos últimos 12 meses, o saldo é negativo em 30.041 empregos, o que representa uma redução de 0,9% do estoque total de trabalhadores, que atingiu 3.478.905 empregados.
Três das 12 atividades analisadas fecharam postos de trabalho no mês, com destaque para transporte e armazenagem (-500 vagas) e serviços imobiliários (-104 empregos). Os destaques positivos ficaram por conta dos serviços médicos e odontológicos (2.038 vagas) e os serviços de alojamento e alimentação (1.108).
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços do Estado de São Paulo (PESP Serviços) analisa o nível de emprego do setor de serviços. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e 12 atividades: transporte e armazenagem; alojamento e alimentação; informação e comunicação; financeiras e de seguros; imobiliárias; profissionais, científicas e técnicas; administrativas e serviços complementares; administração pública, defesa e seguridade social; educação; médicos, odontológicos e serviços sociais; artes, cultura e esportes e outras atividades de serviços. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).