Red Balloon aposta em “gameficação” do ensino para público jovem

Pré-requisito para o mercado de trabalho e para a vida, o estudo da língua inglesa ganhou ainda mais força com os avanços tecnológicos da última década, permitindo que cada vez mais pessoas tivessem acesso ao idioma por meio de aplicativos e plataformas on-line. Nos anos 1960, a história era diferente e poucas pessoas detinham esse tipo de conhecimento. Uma delas era a professora Raquel Lam, que, motivada pelo desejo de ensinar e atenta à importância que a língua viria a ter, começou dar aulas particulares em sua residência na capital paulista. A didática e a metodologia deram certo e foram a base para a fundação da primeira unidade da Red Balloon, em 1969, no Pacaembu.

Cinquenta anos depois, o compromisso da escola que conquistou as famílias brasileiras permanece firme: ensinar inglês para jovens de 3 a 17 anos, com metodologias específicas para cada faixa etária. Em 2001, o filho de Raquel, Michel Lam, decidiu que era o momento de expandir os horizontes e deu início ao franchising. Em 17 anos, a rede conquistou as cinco regiões brasileiras e pulou de seis para 140 unidades. 

O material didático próprio é desenvolvido de acordo com um método de ensino que privilegia a criatividade, a diversão e a motivação. As turmas têm até 13 pessoas, para não defasar o aprendizado e permitir que cada um receba atenção e suporte de acordo com sua necessidade. Os estudantes também contam com uma carga horária semanal de, no mínimo, quatro horas. “Dessa forma, eles têm o tempo adequado para praticar o idioma de maneira satisfatória e desenvolver a fluência”, ressalta Lucia Dini, CEO da Red Balloon

A plataforma Digiworld é outra ferramenta presente no dia a dia das crianças e adolescentes, “gameficando” os conhecimentos adquiridos em sala de aula. Por meio do jogo, eles criam avatares e seus lares, interagem com os colegas e se divertem aprendendo. São três mundos exclusivos para alunos: do estágio K1 ao Junior, do J1 ao T2 e do T3 ao T6, com conteúdo selecionado de acordo com a faixa etária.

A eficácia do método é comprovada pelo índice de satisfação entre os clientes: “contamos com um NPS [metodologia de avaliação] de aproximadamente 80%, o que nos classifica como uma empresa na zona de excelência e implica um alto índice anual de retenção”, diz a CEO, ao citar a pesquisa de lealdade dos consumidores. Além disso, o sucesso da Red Balloon também se dá pelas indicações recorrentes entre pais e responsáveis. De acordo com um levantamento realizado pelo negócio, quase 60% das famílias conheceram a escola por meio do boca a boca.

Franqueados empreendedores

Em mais de 15 anos de franchising e diante de sucessivas crises políticas e econômicas, a empresa teve apenas uma de suas 140 unidades fechada. “Isso demonstra o potencial da rede para quem está em busca de uma boa oportunidade de negócio. Para se ter ideia, cada aluno fica conosco, em média, oito anos”, comenta Dini. 

Para garantir o padrão de qualidade, a franqueadora busca pessoas de fato dispostas a se engajarem no projeto. “Queremos atrair empreendedores que não só invistam, mas mergulhem de cabeça no negócio e estejam presentes no dia a dia da escola”, afirma.

Entre os benefícios oferecidos aos franqueados estão todos os treinamentos necessários para gerir uma unidade – metodologia, pedagogia, recursos tecnológicos – e o suporte operacional. Atualmente, a Red Balloon conta com 140 unidades, sendo 12 próprias e 128 franqueadas, presentes em todas as regiões brasileiras. A rede tem dois modelos de franquia: escola de rua ou In School, isto é, dentro dos próprios colégios. O investimento inicial parte de R$ 550 mil, com retorno em até 60 meses.