Quando um investidor pensa em franquia, logo procura um modelo seguro, lucrativo e que não demande altas cargas horárias de trabalho. Além disso, uma constante preocupação está em manter o padrão de atendimento e qualidade de produtos, ainda mais no ramo de alimentação.
Levando tudo isso em conta, o empresário gaúcho Fabio Rezler lançou o primeiro fastfood do Brasil totalmente automatizado, no qual o atendimento e preparação são feitos por um robô da KUKA, uma das líderes mundiais na fabricação de robôs industriais. “Nós começamos com atendimento tradicional, como todos os fastfoods, mas no decorrer do tempo percebemos que deveríamos fazer algo surpreendente e trazer alguma novidade para o setor. Neste momento conheci a robótica”, conta Fabio.
Por intermédio da fabricante de robôs, Fábio foi apresentado a Auttom, que desenvolve, também, soluções em células robotizadas para a indústria e é um dos System Partners da KUKA no Rio Grande do Sul.
A empresa gaúcha iniciou o projeto desenvolvendouma célula com robô KUKA, para fazer o atendimento ao consumidor. “A Auttom conseguiu desenvolver todos os detalhes que envolvem o mercado de alimentação, exigências sanitárias e de instalação, transformando isso em uma aplicação robótica que atendesse o anseio do projeto”, revela o executivo.
O consumidor e a máquina
De maneira bem simples, o consumidor faz seu pedido por meio de um totem de auto atendimento e o robô executa a solicitação. “É um fastfood de pastéis e empanados, com porções já preestabelecidas que vêm congeladas e embaladas de fábrica. O robô inicia o processo de fritura e atendimento após o pedido e pagamento realizados pelo consumidor. Como o processo de fritura leva entre dois e três minutos, um dos mais rápidos do mundo, colocamos o equipamento para interagir com as pessoas por meio de mídia eletrônica em tablet manipulado pelo robô, além de merchandising e comunicados”, diz o empresário.
O CEO do Bionicook esclarece que muito ao contrário do que se imagina, este novo modelo de negócio vai gerar ainda mais empregos, já que serão necessárias inúmeras funções complementares de retaguarda. “Os robôs vêm para agilizar e fazer os trabalhos mais repetitivos. A célula robotizada no fastfood, tem um novo conceito e que, na outra ponta, vai gerar outras tarefas que serão executadas por pessoas, como a fabricação e preparação dos produtos, engenharia, monitoramento remoto, logística e gestão dos franqueados. Além disso, abrirá novas demandas de cargos administrativos e técnicos para a manutenção das células e dos robôs, por exemplo”, finaliza.