São 36 mil pizzarias em operação, um consumo de 1 milhão de pizzas por dia e um faturamento do setor da ordem de R$ 22 bilhões, de acordo com a Associação Pizzarias Unidas do Estado de São Paulo. É neste cenário que a Pizza Cesar, aberta em Brasília no início dos anos 1995, decidiu fazer a diferença. Primeiro, criando para o Centro-Oeste o sabor das sofisticadas receitas com massa fofa e macia, mais tarde fazendo da dupla rodízio-delivery um negócio de sucesso.
Tudo começou com um pequeno ponto de delivery, localizado no Distrito Federal. Naquele tempo, a internet era pouco divulgada e o boca-a-boca somado aos anúncios nas clássicas listas telefônicas ajudava a gerar fluxo e a aumentar a demanda. A clientela respondeu e o delivery virou um sucesso. Em meados de 2003, disposta a ganhar mais espaço no mercado, o fundador Manoel Leônidas decidiu ir em busca de novos sócios e realmente expandir não só o delivery, mas apostar, também, em um novo modelo de negócio. Naquele ano, Leonardo Ramos já estava com as malas prontas para retornar ao Brasil depois de uma temporada no Japão para, como ele mesmo diz, fazer um pé de meia. Lá tinha aprendido a trabalhar 17 horas por dia, com muito foco e ter um negócio próprio era o que ele mais queria ao desembarcar.
Foi o irmão de Leonardo e amigo de Leônidas, Paulo que já entendia bem de pizza, pois fabricava o produto para ser distribuído congelado para cantinas, escolas e restaurantes, quem fez a proposta de trazer Ramos para a Pizza Cesar. “Quando cheguei eram oito pontos, dois deles recém-abertos, todos exclusivamente para delivery”, lembra. “Fui aos poucos assumindo a parte comercial, o marketing e a expansão”. Em 2004, abriram mais dois pontos, ambos fora de Brasília. Mas, a grande virada começou a ser desenhada em 2006, quando toda a comunicação visual da marca foi redefinida e os sócios chamaram uma consultoria para saber se expandiriam via rodízio ou via forneria. “Os consultores foram categóricos em indicar o modelo de forneria, mais sofisticado, como a melhor opção”, afirma Ramos. “Mas, nós, teimosos, decidimos testar o rodízio, pois víamos que o mercado de Brasília assimilava bem o modelo.”
A estratégia foi implementar o sistema de rodízio nos pontos de delivery em operação, garantindo a transformação passo a passo. Era uma forma de otimizar os gastos com mão de obra, ter uma única cozinha, adotar as mesmas tecnologias de produção, além de já conhecer o comportamento de consumo da área. A Pizza Cesar abriu o salão com o que os sócios encontraram de melhor pelo mundo em equipamento, fornos e ingredientes. Uma pizza de massa fofa e macia com recheios sofisticados e molho bem preparado. Ao contrário do delivery, com menos recheio e mais leveza. Hoje, oferece mais de 70 sabores.
A receita vingou, atualmente 40% do movimento da rede já vem do salão e 60% ainda pertence ao delivery. O bom desempenho levou os sócios a pensar em expandir a rede via franquias em 2010. Mais uma vez buscaram o máximo de informações possíveis sobre o funcionamento do franchising, participaram de um curso na Associação Brasileira de Franchising (ABF) de 10 semanas sobre o tema e contrataram uma consultoria especializada para formatar o negócio. “Foram dois anos de desenvolvimento, principalmente da parte jurídica, já que não estávamos dispostos a abrir mão nem da sociedade, nem do desempenho das unidades já instaladas em Brasília”, afirma Ramos. “As duas lojas fora da cidade foram fechadas para reiniciarmos uma expansão bem equilibrada a partir de 2015”.
A crise fez com que os sócios da Pizza Cesar pusessem o pé no freio e, só agora, quando a economia começa a dar sinais de recuperação para 2017, voltaram a pensar no assunto. Em junho a marca lançou seu programa de prospecção de franqueados, cuja primeira leva deve ser concluída até dezembro. O investimento total, incluindo taxa de franquia, varia de R$ 500 mil a R$ 700 mil, dependendo do ponto e do tamanho. “A ideia é fechar o próximo ano com cinco unidades instaladas”, afirma Ramos, observando que a rede está de olho em cidades a partir de 300 mil habitantes, nas regiões Centro-Oeste e Sudeste.
Todo o treinamento será realizado nas unidades próprias da rede e caberá à franqueadora selecionar os fornecedores e realizar compras, muitas vezes, centralizadas, facilitando a vida dos operadores. “Conhecemos muito bem o setor, o que nos garante um bom diferencial”, finaliza.
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