Com um modelo de negócios inovador, que preza pela capilaridade com muitos pontos de venda e lojas menores, operadas por até dois funcionários, a franquia de tintas Pinta Mundi mira a expansão para regiões periféricas, com população de menor poder aquisitivo e baixa concentração de estabelecimentos do segmento. Com um modelo de baixo custo para o investidor, a rede inicialmente visa a abertura de novas unidades em bairros adequados ao perfil traçado em São Paulo e nas cidades vizinhas. (Estado de São Paulo)
A Pinta Mundi tem faturamento mensal da ordem de R$ 1 milhão. Fundada em 1991 pelo empresário Nassim Katri, possui atualmente 15 unidades em operação – sendo 12 próprias e 3 franqueadas – e a previsão de abrir mais 10 lojas até o final deste ano.
“O boom da construção civil está muito parado, mas o nosso público-alvo, a classe social B, não para de reformar, de fazer pequenas construções. Como nossas lojas estão a 10 minutos de distância uma da outra, vamos fechando determinadas áreas, ficando mais conhecidos e criando vínculos reais com os clientes, que ganham atendimento personalizado, já que em cada unidade trabalham, no máximo, dois funcionários”, explica Katri.
Segundo o empreendedor, com a recessão econômica que o Brasil está passando, a taxa de sucesso da Pinta Mundi está diretamente ligada a pontos de vendas menores, com custo operacional mais reduzido e proximidade dos consumidores, ajudando na logística com os clientes . Além disso, ele explica que a facilidade da gestão do negócio é o grande diferencial da rede, porque envolve baixa complexidade operacional, ou seja, as tintas têm um prazo de validade alto – de dois a quatro anos – e são produtos que “nunca saem de moda”.
“No sistema low cost procuramos pontos de venda com aluguel de até R$ 3,5 mil por mês. Uma estrutura de custo mais pesada quebra financeiramente o franqueado. Nossas lojas têm um custo mensal de R$ 8 mil reais e faturamento médio mensal de R$ 70 mil reais, levando em conta que uma lata de tinta média custa R$ 300,00 e trabalhamos com as melhores marcas do mercado”, conta o empresário. “Estar perto dos clientes é importante porque as pessoas consomem produtos e serviços que estejam em um raio de até 1,5 km, têm cada vez menos carros e querem entregas em um custo e velocidade cada vez menores”.