Investir em uma startup é uma decisão arriscada, porém pode ser muito lucrativa tanto para quem investe quanto para quem cria uma startup. É nesse universo, que Marcelo Salomão, diretor-executivo da Gigatron Franchising e investidor-anjo vem apostando ultimamente. “Meu objetivo nesses investimentos é, antes de tudo, agregar novos produtos à rede Gigatron (referência no Brasil na área de Tecnologia que entrou para o mercado de franquias em 2012)”, explica o executivo.
A rede Gigatron Franchising, rede de serviços e tecnologia, oferece duas modalidades de negócios: Certificado Digital, que atua com a venda de certificados para pessoas físicas e jurídicas; e Giga Software, segmento que oferece a implantação de softwares em empresas de varejo e prestadores de serviços.
E um dos exemplos de sucesso da Gigatron, nesse contexto, que surgiu como uma aposta de Marcelo, no papel de investidor-anjo foi o Virtuozo,uma Startup que desenvolve software voltado para gestão financeira de pessoas jurídicas, ou seja, para o controle de suas finanças, de um jeito simples e eficiente, se tornando um sucesso entre seus usuários.
Outras startups lançadas na Gigatron Franchising também são referência na área de varejo há anos e vêm se aperfeiçoando ano a ano, acompanhando a evolução que o mercado de varejo exige no mundo moderno, como o Giga Agenda, Achei Operadora, Bom Credor e Bicola.
Com base em toda experiência que o investidor tem, de quase 10 anos de Gigatron, o empreendedor só atua como investidor-anjo em produtos para os quais já existam consumidores. “Isso significa investimento financeiro e riscos altos”, diz ele. E também só investe em produtos que a rede Gigatron possa distribuir, pois assim já conta com um time operacional pronto executar o trabalho. Além disso, o executivo toma cuidado em adotar um limite financeiro para cada tipo de projeto. “E, por fim, sempre invisto em algo que tem potencial para ser global, que possam ser comercializados no mundo todo”, finaliza.
Novidade à vista
“Dotbank” é o nome da próxima Startup a ser lançada por Salomão no mercado, por meio da Gigatron – uma plataforma de pagamentos em cantinas escolares, cuja co-autoria é de Christian Rafael, de Birigui (SP) . O produto, que ainda está em processo de elaboração, foi criado para solucionar muitos problemas diários e cotidianos enfrentados por crianças dentro das escolas.
“A plataforma deve auxiliar desde os pais que dão dinheiro para seus filhos comprarem lanches na escola até às filas que existem nas cantinas. De quebra, ainda estimula a educação financeira da criança fazendo com que ela administre seu dinheiro e tudo de forma eletrônica”, explica Salomão. Todo o processo é online e controlado a partir de um celular ou tablet. E o investidor analisa: “O grande potencial do produto é a possibilidade de ser global e atender a todas as escolas do mundo que possui o sistema de cantina similar ao Brasil”. A previsão é que Dotbank chegue ao mercado nacional e internacional no início de 2017.
Um horizonte de possibilidades
Para se ter uma ideia, em 2015, os investidores-anjos investiram R$ 784 milhões em startups brasileiras, 14% a mais do que no ano anterior. E um desses investidores é Marcelo Salomão, diretor executivo da Gigatron Tecnologia Franchising, rede de serviços e tecnologia referência no Brasil. “Estima-se que hoje em dia existam cerca de 7 mil investidores anjos só no Brasil”, lembra ele.
Assim, o Brasil vem se destacando no ranking mundial do mercado das startups. “Por exemplo, no ranking mundial de cidades de 2015, São Paulo aparece na 12ª posição em número de startups, ficando atrás de outros grandes centros, como Chicago, Berlim, Paris, entre outros. O Brasil ocupa 7ª posição geral (fonte: visualcapitalist.com)”, conta Marcelo.
Segundo levantamento realizado pela ABStartups – Associação Brasileira de Startups (entidade sem fins lucrativos que promove o ecossistema brasileiro de startups desde 2011), em dezembro de 2015, o número de empresas em estágio inicial no país chegava a 4.151, representando um crescimento de 18,5% em seis meses, um crescimento considerável apesar da crise.
O que é uma Startup?
Segundo o executivo, startup é qualquer novo negócio, independentemente da área de atuação. “Ou seja, não precisa estar atrelado ao universo da tecnologia”, explica. E apesar do termo estar bem difundido hoje em dia, pela mídia e no universo do empreendedorismo, startups sempre existiram. “A grande diferença é que hoje essas empresas utilizam-se de técnicas inovadoras (e todas suas variações, para fazer com que uma ideia seja rapidamente validada. E isso vem ocorrendo mundialmente”, esclarece o especialista.
No entanto, nem tudo são flores! Para Salomão, apesar de todo glamour existente na expressão “tenho uma startup”, muitos ainda acreditam que criar uma significa ficar rico de uma hora para outra. Pode até ser verdade, mas, os bons resultados exigem muito trabalho e dedicação.
Outro ponto fácil de se enganar nesse meio é acreditar que toda startup é realmente inovadora. Para Salomão muito do que nos é apresentado como “inovação” hoje em dia é apenas a evolução de algo já existente, pronto para resolver problemas do dia a dia dos usuários. “Exemplo: O Uber não é inovador. Ele chamou muito a atenção porque resolveu problemas existentes até então nos táxis e implantou o sistema de busca de aplicativos que já existia. Hoje em dia, já é possível encontrarmos em São Paulo um aplicativo chamado ‘Cabify’, que tem um algoritmo diferente em seu sistema de cobrança e deixa a corrida mais barata que o Uber. Recentemente, o Google anunciou que o Waze vai também disputar esse mercado… Ou seja, vemos vários players fazendo a mesma coisa de formas diferentes!”, exemplifica.
Clique aqui e cadastre-se para receber informações exclusivas. É gratuito