Nutty Bavarian encara crise com otimismo e dose de realidade

Amendoins, amêndoas, nozes pecan… Todos quentinhos e deliciosamente glaceados! Ficou com água na boca? Foi a mesma sensação que a administradora de empresas Adriana Auriemo sentiu quando conheceu essas delícias, em 1996. Mas a ideia não foi só comer, mas transformar as iguarias num negócio.

Adriana teve ideia de empreender numa viagem que fez aos EUA, quando ficou apaixonada pelos doces aromas das “nuts” glaceadas. De volta ao Brasil, ela logo estava abrindo o primeiro ponto de venda da Nutty Bavarian em Campos do Jordão, no estado de São Paulo. Também não demorou muito para introduzir sabores brasileiros entre os produtos: castanha do Pará e macadâmia. Ainda no ano de 96, foram abertas mais nove unidades, tanto próprias quanto franqueadas.

Atualmente, a rede conta com 130 quiosques divididos em diferentes modelos, onde os grãos são o único produto vendidos. O tipo Standard é o menor e apresenta taxa de franquia a partir de R$ 80 mil reais e o formato Premium é o maior e conta com taxa de franquia de R$ 85 mil reais.

Um negócio promissor… Em situação normal. E na crise? Será que dá para investir nessa delícia e apostar na lucratividade? Confira abaixo nossa conversa com a empreendedora, na qual ela demonstra um saudável equilíbrio ente otimismo e realismo.

Mapa das Franquias: Imagine alguém que acaba de ser demitido, como, infelizmente, tem sido comum no atual cenário da economia brasileira. Essa pessoa decide investir o dinheiro recebido numa franquia. Como é o modelo de negócio da Nutty Bavarian e por que ela deveria se juntar à rede?

Adriana Auriemo: Nós nunca tivemos tantas pessoas interessadas na franquia como agora, justamente por este motivo.

Nosso modelo de negócio é de baixo investimento, baixo risco, além de sermos uma empresa consolidada, com um produto delicioso, de fácil operação, e ganhamos o selo de excelência da ABF por 10 anos consecutivos, mas, mesmo assim, temos que ter muita cautela antes de vender uma franquia, ainda mais num momento como o atual.

Acompanhamos de perto o mercado de shopping centers (onde estão boa parte dos nossos quiosques), e sabemos que a situação não está nada boa.

Nossa avaliação de ponto comercial está muito mais rigorosa, e só estamos entrando onde o fluxo e o aluguel estão dentro de um detalhado estudo de viabilidade.

Mapa das Franquias: Quais os planos para expansão em 2016 e 2017? Dá para crescer na crise?

Adriana Auriemo: Planejamos abrir 35 quiosques este ano. Acredito que dá sim pra crescer na crise, contanto que seja com cuidado, pé no chão e responsabilidade.

Mapa das Franquias: Onde a franquia está presente no Brasil e qual o raio de atuação de cada franqueado?

Adriana Auriemo: Estamos em quase todos os Estados. Em cidades menores damos preferência por ter um único franqueado, já nas grandes capitais, o raio de atuação é apenas o shopping/ aeroporto/ terminal rodoviário onde ele está.

Nossos atuais franqueados tem preferência (e não exclusividade) em pontos próximos.

Mapa das Franquias: Como funciona a logística da Nutty Bavarian? Como fazer com que os produtos cheguem fresquinhos a todos esses lugares?

Adriana Auriemo: Nossa logística é toda centralizada, saindo de São Paulo. Como nosso produto não é perecível (ele cru, tem validade de até um ano), conseguimos entregar em todo o Brasil com a mesma qualidade. Os produtos são, então, torrados e glaceados nos próprios quiosques.

Mapa das Franquias: Como tem sido os resultados da Nutty Bavarian fora do Brasil? Existe alguma adaptação para o mercado externo?

Adriana Auriemo: Inauguramos o primeiro quiosque dia 01/03, é bem recente, mas já está sendo um sucesso! Tivemos que adaptar muitas coisas, já que nosso modelo de exposição e venda não existe lá. Também mudamos um pouco o mix de produtos vendidos. Na Flórida ainda não trabalhamos com a macadâmia, que é nosso carro chefe aqui no Brasil, nem com a Castanha do Pará e o coquinho.

Espero em breve poder oferecer a mesma linha que temos aqui.

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