A rede de franquias de acessórios femininos Morana lançou seu e-commerce neste mês de junho e optou por um modelo diferente do que normalmente é trabalhado pelo setor de franchising.
Na plataforma da Morana, cada uma das 300 franquias da rede pode ter sua própria vitrine virtual e loja online. Isso significa que cada unidade tem um endereço virtual próprio e decide quais produtos expor na primeira página do site. Da mesma forma, a gestão de cada loja virtual está interligada com o estoque da franquia correspondente.
“A Morana optou por um modelo de e-commerce em que cada franqueado terá a sua plataforma de comércio eletrônico dentro do site da Morana. Assim, o franqueado pode trabalhar com seu estoque da loja e trocar a vitrine virtual como faz nas lojas, atento à demanda dos seus clientes”, explica Danilo Assumpção, do Comitê Executivo do Grupo Ornatus, do qual a Morana faz parte junto com Balonè, Little Tokyo e Love Brands.
É possível expor na vitrine virtual a quantidade ideal referente a representatividade de venda da loja (sendo Shopping, Rua ou Quiosque) e o franqueado pode ir trocando para gerar curiosidade e fazer com que o cliente entre sempre para ver as novidades. “Dessa forma, tudo é pronta-entrega, porque sai da loja mais perto do endereço do cliente. Nosso foco é delivery expresso”, comenta o executivo.
Além de uma compra focada no recebimento no mesmo dia, o principal diferencial da plataforma é a humanização do atendimento digital. O cliente poderá falar de forma instantânea com a vendedora da própria loja através do Whatsapp. A vendedora, por sua vez, poderá ajudar o cliente até mesmo dando dicas de moda ou de tendências de compra.
Através de um BI macro de todas as lojas, a franqueadora poderá acompanhar os produtos que estão subindo na plataforma e o desempenho de vendas para desenvolver estratégias que ajudem a alavancar os resultados.
Morana implementa modelo inovador no setor de franquias
O e-commerce ainda costuma ser um calcanhar de Aquiles para as franquias. Nem todas as redes têm venda virtual e quem tem costuma usar dois modelos para incluir os franqueados no negócio: ou o produto sai 100% de um centro de distribuição da franqueadora e a participação do franqueado nas vendas é definida em relação ao CEP da entrega do pedido ou a loja virtual da franqueadora utiliza o estoque das unidades franqueadas como hub logístico – a loja entrega ou o cliente retira na franquia. “Só que nesses modelos, o resultado para o franqueado representa somente cerca de 30% das vendas do e-commerce da franqueadora que são de lojas utilizadas neste omnichannel”, diz Danilo. “Optamos por outro modelo, para aumentar a participação do franqueado na venda online.”
Assim, o cliente da Morana pode chegar à loja virtual da franquia através de uma plataforma inicial de busca e direcionamento, selecionando sua loja de preferência (seja pela comodidade logística ou atendimento/sortimento) ou incluindo o CEP para ser redirecionado à loja virtual mais próxima.
Estratégia de e-commerce foi antecipada
A Morana já tinha no seu radar lançar a loja virtual, mas a ação foi antecipada por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus. “Adiantamos o lançamento, pensando na conveniência para o consumidor”, diz Danilo. Ao mesmo tempo, a franqueadora convocou a rede de franquias para pilotar a iniciativa junto, e assim fazer melhorias ao longo do caminho a partir do feedback de consumidores e franqueados.
Os franqueados também receberam treinamento sobre como gerar tráfego pelo Instagram para suas lojas. “É uma trilha de capacitação que vai do básico ao avançado”, afirma Danilo.