Mercado brasileiro de TI, um dos maiores do mundo, espera crescimento do setor para este ano

A transformação digital deixou de ser uma expectativa para se tornar realidade: as inovações tecnológicas avançam a cada momento, incorporando-se nos aspectos mais simples de nossas vidas.

E o Brasil é um grande incentivador dessas inovações: além de ser o país que mais investe em tecnologia da informação de toda a América Latina, também está entre os dez países no ranking mundial de desenvolvimento de softwares e serviços da área.

Por aqui, o setor vem registrando aquecimento desde 2017 quando houve uma retomada do mercado de tecnologia brasileiro. A projeção para este ano é igualmente positiva e tudo indica que haverá crescimento devido ao amadurecimento das tecnologias ligadas, principalmente, à inteligência artificial.

Fique atento

“A tecnologia avança de forma significativa e isso não é diferente nos setores da indústria, varejo e serviços”, diz Marcelo Salomão, diretor executivo da Gigatron Franchising, rede desenvolvedora de softwares para empresas que atuam no varejo. Em sua visão, teremos em 2019 um grande avanço em soluções que envolvem aprendizado de máquina (machine learning) e a presença de robôs atuando em diversas frentes. “Podemos destacar setores focados no atendimento ao cliente final onde vários atendimentos já são, praticamente, 100% automatizados. O mesmo pode ser visto no mercado financeiro, bancário e de seguros, por exemplo”, explica.

O aprendizado de máquina é um dos recursos mais interessantes para quem atua no mercado de serviços: o recurso surgiu a partir da teoria de que computadores podem aprender sozinhos sem serem programados para realizar tarefas específicas, ou seja, nada mais é do que inserir padrões numa máquina (o computador, por exemplo) para que ela, sozinha, gere informações e tome decisões com o mínimo de intervenção humana. Um exemplo prático de machine learning que vemos no nosso cotidiano são as recomendações da Netflix ou de qualquer outro site de compras. A partir das informações que inserimos ao realizar o cadastro e do padrão de compra do usuário, a própria plataforma é capaz de entender quais são as preferências do cliente.

“Imagine que você tem um mercado e gostaria de oferecer ao cliente as principais opções de compra para um sábado, por exemplo. Com base em comportamentos anteriores registrados pelo computador é possível saber, quase que exatamente, quais são suas preferências de compra: isso é possível através do aprendizado de máquina”, explica o diretor.

Outra tendência avaliada por Salomão são os processos integrados por API (Interface de Programação de Aplicações, em português): o recurso promove a troca de informações entre plataformas com linguagens distintas de programação e, portanto, criadas para coisas diferentes. “As empresas já entenderam que para sobreviver num mercado competitivo precisam trabalhar juntas”, afirma o executivo, “É claro que o empresário pode desenvolver um aplicativo para ajudá-lo com suas vendas online, por exemplo, mas ele também pode utilizar o serviço de outra marca através de uma API”.

A aplicação é usada para os mais variados tipos de negócio, por empresas de diferentes ramos de atuação. Na internet, nós nos deparamos com APIs a todo momento: você provavelmente já deve ter entrado num site de compras e invés de realizar um cadastro do zero, o próprio site disponibilizou opção de “Entrar com o Facebook”. O site utiliza as informações do banco de dados de outro sistema, como o do Facebook, sem que haja necessidade de cadastrá-las novamente para qualquer site de compras que você entrar.

Novidades

No mercado desde 1998, a Gigatron desenvolve softwares de gestão para empresas com atuação em compra e venda – desde que o faturamento não ultrapasse R$4,8 milhões por ano. São padarias, minimercados, lanchonetes, lojas e muitos outros empreendimentos beneficiados pela rede. “Tanto na indústria quanto no varejo, o papel tende a sumir: contas a pagar e receber, dados sobre o fluxo do caixa e do estoque, todos esses quesitos serão automatizados, e nos próximos anos não será mais necessário que uma pessoa tome conta dessas questões”, avalia Salomão.  

Neste ano a Gigatron terá como carro chefe três modelos de negócio: franquia, afiliados e white label. Na franquia, o investidor pode trabalhar com uma marca com muito know how no mercado tecnológico, além de um variado portfólio de produtos. A partir de R$10.500,00 é possível se tornar um franqueado. Já o modelo afiliado possui valor de investimento bem reduzido, onde o cliente atuará através de um produto específico. E na modalidade White Label o investidor substitui a marca do software Gigatron pela sua própria marca, utilizando a mesma tecnologia e ferramentas da rede.

“Nossa intenção é adaptar a Gigatron às necessidades do investidor, e não o contrário. Por isso desenvolvemos diversas modalidades de negócio que se adequem ao perfil e ao bolso de quem está pensando em investir na marca”, afirma o diretor.