Loja de rua ou shopping center? Como saber escolher o ponto para abrir o negócio

O número de redes de franquias em shopping center no país vem crescendo. Dados apontados pela ABF (Associação Brasileira de Franchising) passou de 21,5% em 2018 para 24,9% em 2019 o número de participação, tendo em alta os segmentos de alimentação, moda, beleza e estética.

Esse crescimento está atrelado ao fluxo constante de pessoas, visibilidade, além da segurança proporcionada pelo shopping center, o que faz com que aumente a probabilidade de sucesso no empreendimento.

Em contrapartida, realmente ainda há uma despesa maior como aluguel do ponto e condomínio, além de fundo de marketing e promoção exigido pelos shoppings centers. Mas essa realidade tende a mudar nos próximos anos, onde é possível observar uma maior flexibilização na negociação do preço de aluguel e a queda no Custo Total de Ocupação (CTO).

“O que vai influenciar na escolha do ponto é o perfil do negócio, que deve ser levado em conta a região que busca abrir uma operação, bem como o público-alvo”, analisa Henrique Mol, diretor de expansão da Mardelle, rede de franquias especializada na comercialização de artigos de moda íntima.

Oportunidade de negócio

Desde 2007 no mercado de franchising, a Mardelle pretende expandir os negócios em 2020 e visualiza grande oportunidade de negócio em shoppings centers em todo o Brasil. A intenção é conquistar 15 unidades até o final do ano em grandes centros das cidades brasileiras.

“O planejamento está em 50 novas unidades em 2020, sendo que 30% delas inseridas em shoppings”, afirma Mol. Atualmente com 22 operações, a rede conta com 11 localizadas dentro dos shoppings nas cidades de Betim, Contagem, Montes Claros e Belo Horizonte, em Minas Gerais; São Paulo e Santo André, no estado paulista, Natal (RN) e João Pessoa (PB).

O empresário ressalta que hoje o investidor está em busca de algo que possa possibilitar um faturamento maior, como é o caso dos shoppings. Mas que as lojas de rua também continuam sendo bastante procuradas. Para isso, a equipe de expansão da Mardelle analisa a fundo o perfil e o público do lugar que esse empreendedor está em busca de abrir uma unidade. “Como a Mardelle está inserida em uma holding com mais cinco segmentos, buscamos compartilhar a vivência desses outros negócios para sermos assertivos na escolha”, acrescenta Mol.

Modelo de negócio

A Mardelle oferece dois modelos de negócio: loja de rua com investimento inicial de R$135 mil, incluso mobiliário, equipamentos, iluminação, pintura, material de apoio, uniformes de funcionários, placa, custo de abertura da empresa, estoque inicial, despesas com inauguração e material de divulgação inicial. O faturamento (bruto) está previsto em R$50 mil.

Entre as vantagens de abrir uma loja de rua está na fidelização da clientela, principalmente aqueles que passam com frequência pelo entorno da loja; Possibilidade de alterar o horário de abertura e fechamento da loja; menor rotatividade da mão-de-obra. Por outro lado, dependendo da escolha do ponto, pode haver a falta de estacionamento nas imediações; a mudança de clima interfere no fluxo de pessoas na loja.

Já o modelo shopping é necessário investimento de R$165 mil, (incluindo taxa de franquia mais capital de giro e taxa de instalação), com prazo de retorno para esse investimento entre 20 e 24 meses e faturamento de R$110 mil no mês. “Operações em shoppings possuem um risco menor ao empreendedor, visto ao fluxo já criado pelo empreendimento. De modo geral, as pessoas já se deslocam para os shoppings com a intenção de consumir”, observa Mol.