Embora a vacinação já tenha começado no planeta afora, o ritmo é lento frente a necessidade que temos. Mas, devagar ou não, é apenas ela, até agora, que poderá aplacar a transmissibilidade do vírus e possibilitar nosso retorno ao que entendemos como normalidade. De que as coisas não serão mais as mesmas é dita desde o início da pandemia e, um ano depois, já está realmente claro que alguns hábitos deverão ser adotados em definitivo e, outros, abandonados. No que compete a higiene, aprendemos muito ao longo de 2020 e a perspectiva é que estes cuidados passem a ser da rotina de todos os brasileiros por uma boa razão: passamos a entender a importância de investir na higienização dos ambientes.
Tratada como um serviço de extremo esforço braçal, em que o que determinava a contratação era o preço do homem hora, a faxina -como então era conhecida- tinha por objetivo tornar o ambiente visualmente limpo, sem se ater se o espaço estava de fato higienizado. Esse pensamento era comum não só dentro das residências, mas também em muitas empresas, até em hospitais e clínicas de diagnóstico, que, por obrigação legal, mantinham suas áreas limpas e desinfetadas corretamente sem entender a razão e relevância deste serviço bem executado. O cenário muda, então, com o surgimento do Sars-Cov-2 e o potencial de exaurir os sistemas de saúde de todos os países, que se viram reféns de medidas simples, mas altamente eficazes, para contenção do vírus: isolamento social e práticas de higiene.
Ao compreender essa nova dinâmica, ficou claro que a contratação de um serviço especializado nesse segmento vai além da questão estética e significa, sobretudo, melhorar a qualidade da saúde humana. O responsável por esta contratação, seja residencial ou comercial, como no caso de restaurantes, lojas ou escritórios, tem que ser orientado pela empresa para atender um tipo de serviço que corresponda às suas demandas, levando em consideração o fluxo e a intensidade de pessoas que circulam nos espaços. Nos pacotes padrões, o foco é remover os contaminantes de superfícies alcançáveis, varrer, aspirar, retirar o lixo e, em alguns, organizar a bagunça. Os germes e bactérias, nesse processo, não são mortos e correm o risco de se alastrar para outros ambientes se o contratado não for devidamente treinado.
Já a desinfecção, um processo altamente eficaz, consiste na destruição ou inativação de fungos, vírus e bactérias por meio da aplicação de um produto de ação desinfetante. É com este procedimento que é possível eliminar das superfícies 99,99% dos contaminantes e garantir de forma segura um ambiente saudável. Assim como este, há também disponível no mercado o método de esterilização, utilizado em locais em que é necessária a máxima segurança, como salas cirúrgicas de hospitais ou locais de biossegurança. Para este serviço, usa-se processos físicos ou químicos bastante agressivos e restritos, como luzes de alcance UV-C, nocivo para a pele e saúde se a pessoa estiver presente no momento da aplicação. É sim um processo seguro, mas que exige medidas de cautela na aplicabilidade.
Podemos encarar, sob esse ângulo, o significado dos serviços de limpeza de forma mais ampla: a contribuição para saúde das pessoas. Munidas de informações, compreende-se que limpeza é coisa séria e não só uma maneira de camuflar sujeira, dando a devida importância aos processos, valorizando os profissionais que, treinados, são capazes de contribuir para a eliminação de agentes contaminantes e transmissores de doenças. O legado de 2020 pode ser encarado de duas maneiras: uma pandemia que ceifou a vida de mais dois milhões de pessoas por todo o globo e contaminou mais de 100 milhões delas, deixando um rastro de dor e incerteza, ou a possibilidade de aprendizado de que práticas de higiene devem ser entendidas como necessárias para o bem coletivo.