Gastronomia vegana impulsiona negócios e rede de franquia prevê faturamento de R$ 10 milhões em 2021

Com otimismo e planejamento estratégico, Açougue Vegano aposta no crescimento e na evolução da rede

Celso Fortes e Michelle Rodriguez, fundadores da Açougue Vegano. Crédito: Marco Brozzo

No ano de 2020, no meio do caminho, em vez de uma pedra tinha uma pandemia e, muitas empresas tiveram que adiar seus planos de expansão e adaptar novas estratégias para um contexto de restrições de mercado. Foi o caso do Açougue Vegano, rede de franquias genuinamente brasileira criada com a proposta de atender ao público vegano, vegetariano e também os flexitarianos.

Fundada no Rio de Janeiro em 2016, a marca nasceu do encontro entre os amigos Celso Fortes e Michelle Rodriguez que, na época estudantes de gastronomia, criaram receitas exclusivas e uma loja online, para convencer os paladares mais exigentes de que a carne não era assim tão essencial. A repercussão foi tanta que, em dois meses, abriram a primeira unidade física, em um shopping da Barra da Tijuca. Investindo cerca de R$ 35 mil, recuperou o valor em um único fim de semana.Com o passar do tempo, triplicaram a equipe e deram luz à novas receitas, como a coxinha de jaca, premiada pela Sociedade Vegetariana Brasileira., o espetinho de soja, a moqueca de banana e a feijoada vegana.

Em 2019, um ano após a adesão ao franchising, o negócio recebeu um aporte de R$ 1 milhão e a entrada de investidores que possibilitaram a construção da fábrica própria e a estruturação de um plano de expansão mais sólido. Entre os planos de expansão, além de levar o conceito do açougue sem proteína animal para todo o país, a rede criou dois modelos de negócios para atrair novos empreendedores.

Foi em 2020 que a rede ganhou o protagonismo no mercado, com a entrada da marca de congelados premium em redes de supermercados, como St Marche e Casa Santa Luzia, em São Paulo, e na La Fruteria, no Rio de Janeiro. A receita dos lanches e refeições servidas nas lojas e quiosques foram adaptadas e receberam uma embalagem para conquistar espaço com outras linhas de produtos. A famosa moqueca de banana da terra e a feijoada, um dos pratos mais vendidos da rede, além da coxinha de espinafre e de jaca, são protagonistas ao lado de outros produtos congelados. Soma-se ao portfólio, ainda, a kafta, a salsicha e a linguiça calabresa, todas veganas e prontas para serem preparadas em casa.

Apesar da pandemia, a Açougue Vegano aposta no crescimento e na evolução constante de produtos que unem sabor, aroma, textura, aparência e preço competitivo. Atualmente, a rede conta com seis unidades: uma em Campinas e outra na capital paulista e as demais na cidade do Rio de Janeiro.

Para 2021, o plano é vender mais 20 franquias, com abertura de pelo menos 15 delas ao longo do ano. A somatória destes faturamentos devem chegar aos R$ 10 milhões, valor bem viável já que, para os próximos meses, está confirmada a inauguração de quatro novas unidades, em Teresina/PI, João Pessoa/PB, Tijuca e Niterói/RJ. Além disso, há uma perspectiva de abertura de uma segunda fábrica, no eixo Rio-São Paulo, e o lançamento de um terceiro formato de franquia, o pocket, um modelo itinerante, ideal para eventos e espaços de lazer sazonais, como festivais de música.