Mesmo que 2019 tenha sido um ano delicado para os brasileiros – mudança de governo, altos índices de desemprego, dólar nas alturas –, há poucos dias do fim do ano podemos dizer que determinados setores da economia não enfrentaram tantos percalços ao longo dessa jornada.
Áreas como beleza, saúde e bem-estar não só passaram ilesas como sinalizam boas perspectivas para o próximo ano. Dentro deste guarda-chuva, o mercado fitness é um dos protagonistas. O setor, a nível mundial, cresce cerca de 8,7% ao ano, segundo relatório da Associação Internacional de Saúde, Raquete e Clube Esportivo (IHRSA). No Brasil, a indústria de atividades físicas movimenta 2,1 bilhões de dólares ao ano, o que corresponde à maior receita da América Latina.
Se estes números por si só não são suficientes para convencer o investidor, há outros fatores que podem ser levados em consideração na hora de apostar em franquias desse segmento, como explica mais adiante Filippe Savoia, CEO da rede de academias Bluefit.
O executivo lembra que, ainda que metade da população brasileira (47%) não pratique a quantidade mínima de horas de atividades físicas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o dado pode sim jogar a favor do investidor interessado no segmento. E as perspectivas são positivas, já que que a OMS encabeça um projeto para diminuir o sedentarismo em 15% até 2030. “O número de sedentários reflete uma realidade preocupante, mas também um cenário cheio de oportunidades para quem for investir nessa área. É uma tendência mundial que as pessoas passem a se preocupar ainda mais com o bem-estar físico e mental nos próximos anos. É preciso que o empreendedor saiba se colocar como uma opção dentro dessa realidade”, pontua.
Além disso, Filippe destaca que o mercado de academias no Brasil é o segundo maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. “São cerca de 35 mil estabelecimentos, dos quais apenas 13% estão enquadrados na categoria low cost (instituições de baixo preço). Se formos seguir os mesmos passos dos americanos, veremos em poucos anos o agigantamento desse modelo de gestão e o encolhimento de academias chamadas tradicionais”, aponta.
Ainda sobre as low costs, o CEO da rede enxerga a possibilidade de uma grande expansão no setor das franquias desse tipo na área fitness. “Poder contar com uma estrutura pronta, com a capacitação necessária e todo o suporte para implementar e gerir um negócio tem sido o grande atrativo. E, quando combinado com os bons números que o setor vem apresentando nos últimos anos, faz com que qualquer insegurança possa ser derrubada. A própria Bluefit, finaliza 2019 com 74 unidades em apenas quatro anos de existência. Por isso, quem investir agora com certeza poderá colher os frutos muito em breve” finaliza.