Atraentes pelo sucesso e pela inovação que representam no Brasil, as franquias internacionais tendem a chamar a atenção de quem está pensando em abrir o próprio negócio. Com procedimentos semelhantes para sua regularização, essas franquias diferenciam-se apenas na sua complexidade, já que se trata de uma negociação internacional, mas com custos que podem chegar ao dobro de uma franquia nacional.
“É a mesma coisa, tudo passa por avaliação, informação, negociação e decisão. É mais trabalhoso e mais caro, mas é um processo semelhante”, explica o diretor-presidente da Global Franchise, Paulo Cesar Mauro.
Responsável por ter trazido mais de 40 marcas estrangeiras para o Brasil, Mauro tem atualmente em suas mãos marcas de países como EUA, Canadá, Austrália, Espanha, Portugal e Itália e participou da assinatura de um Convênio entre a APEX (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e o Ministério do Desenvolvimento para levar franquias brasileiras ao exterior.
Segundo ele, a abertura de franquias internacionais exige um amplo conhecimento de gestão e administração de empresas, não sendo aconselhável para principiantes. O engenheiro e administrador de empresas lembra que, por se tratarem de marcas internacionais, essas franquias exigem um trabalho de adaptação ao mercado brasileiro – trabalho que deverá ser desenvolvido pelo franqueado e não pelo franqueador.
“Uma coisa é você comprar uma franquia no Brasil na qual você vai receber um apoio dentro do Brasil. Outra é adquirir uma franquia inglesa ou americana e contar com o apoio de um franqueador que não conhece o Brasil. Ele vai dar o know-how, mas é você quem tem que adaptá-lo ao Brasil e conhecer o mercado. Quando for preciso o franqueador vai dar todo o apoio, mas dentro da limitação dele”, alerta o especialista.
Outro ponto a ser ressaltado ao adquirir uma franquia internacional é a legislação brasileira. Uma vez “importadas”, a relação que irá reger esse contrato será a lei brasileira de franchising, como lembra o CEO do Grupo Oxford, Carlo Barbieri –responsável por prestar consultoria a brasileiros que buscam adquirir franquias fora do país.
“Eu vejo franquias americanas sendo vendidas no Brasil imediatamente, sem ter havido nenhum estudo no país. Fica à vontade do franqueado aceitar o risco ou não porque a legislação permite e o nosso hábito não é muito exigente nesse sentido”, critica o economista e CEO da Oxford.
Nesse sentido, o diretor-presidente da Global Franchise lembra que esse tipo de empreendimento exige uma “força empreendedora muito maior” quando comparado ao que é exigido de um franqueado comum.
“Ele tem que ter capacidade para avaliar o mercado e contratar uma assessoria. É uma aventura tentar fazer isso sozinho, porque o risco aumenta muito. Há todo um processo que aconselhamos como ter um assessor que conheça o mercado mundial, saiba sobre o mercado no Brasil e ajude-o a negociar e a implantar o negócio aqui”, aconselha o executivo que lembra:
“Os negócio são espetaculares, muitas vezes inéditos, de redes mundiais com oportunidades grandes. Mas precisam de qualidade do empreendedor e qualidade financeira”.
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