O verão já passou, mas isso não quer dizer que o brasileiro não aprecia um bom sorvete em temperaturas amenas ou mais baixas. Prova disso é a quantidade de sorveterias que se espalharam pelas grandes capitais do País. E tudo indica que tem mercado para todo mundo. Norte-americanos, argentinos, italianos, brasileiros, todos de olho nos megaeventos esportivos que o país sediará e no aumento do interesse dos brasileiros por um geladinho cremoso.
Recém chegada ao mercado nacional, a norte-americana Cold Stone Creamery, iniciou a sua vinda ao Brasil há três anos por meio de um máster franqueado, a JJF Ltda. Com um escritório central em Curitiba (PR), a meta, segundo o grupo, é abrir 30 lojas nos próximos quatro anos. Cada unidade deve custar entre R$ 350 mil e 400 mil reais. O carro-chefe da marca são sorvetes personalizados, em que o cliente escolhe os ingredientes que quer colocar na massa. A mistura é feita em uma pedra de granito congelada a -3 graus, método exclusivo da Cold Stone.
Os vizinhos argentinos da Freddo, anos namorando o nosso mercado, desembarcaram por aqui também há três anos. A rede chegou ao Brasil por iniciativa do grupo de investidores PPGP, seguindo um modelo de franquias. Atualmente a rede já conta com unidades em Brasília, Vitória, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas, Porto Alegre, Joinville e Curitiba. Ao todo são mais de 100 lojas espalhadas pela América do Sul.
Do Rio de Janeiro, a Sorvete Itália, há quase 40 anos com experiência de atuação e sucesso de negócio, conta com 24 lojas espalhadas pelo estado do Rio de Janeiro e tem forte tendência para o crescimento da rede de franquias. Para investir em uma montagem de loja da rede (com equipamentos) o valor médio é da ordem de R$ 210 mil. Já para a montagem do quiosque (com equipamentos) o valor médio é de R$ 145 mil. A taxa de retorno do investimento em média é de 24 meses.
As sorveterias artesanais, seguindo a textura italiana (mais cremosos), também ganharam mercado. Entre 2012 e o início de 2014, a estimativa é de que 15 novas lojas foram abertas na cidade. Além das já consolidadas Bacio di Latte e Diletto; Cremeria Vienna, Concicio Il Gelato, Cuordicrema e Gelée fincaram suas bandeiras em solo nacional. E a previsão para expandir via franquias é bastante otimista.
De acordo com números divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (Abis), em 2013 houve um crescimento de 2,36% em relação a 2003. Para Eduardo Weisberg, presidente da associação, o brasileiro começou a entender que o sorvete alimenta e pode ser consumido em qualquer temperatura. A valorização dos ingredientes, por parte de uma fatia de mercado, também contribuiu para esse crescimento, apesar do percentual de consumo de sorvetes artesanais ainda ser muito inferior ao dos industrializados.
Fundada em 1989 na cidade de Jaboticabal, interior de São Paulo, a sorveteria Ice by Nice já conta com mais de 20 unidades distribuídas entre o interior e a capital paulista. Por meio do sistema de franquia, a rede prevê expandir suas operações para outras capitais ao longo dos próximos anos.
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