Franquias de chocolates podem ter desempenho superior à média nesta páscoa, avalia especialista

Diante de um cenário de crise e baixo consumo, as expectativas para as vendas de páscoa neste ano são desanimadoras. De acordo com um levantamento feito pela Boa Vista SCPC (Seviço Central de Proteção ao Crédito), 68% dos brasileiros pretendem gastar menos este ano em relação à páscoa de 2014.

Ainda de acordo com a pesquisa, entre o grupo de consumidores que têm a intenção de comprar chocolates neste feriado, 58% pretendem gastar entre R$ 50 e R$ 200, 34% planejam gastar até R$ 50 e apenas 8% devem realizar compras acima de R$ 200. O cenário pessimista, no entanto, pode esconder um oásis de bom desempenho nas vendas de páscoa no setor de franquias.

Segundo a consultora e mestre em comportamento do consumidor pela University of California (UCLA), Fátima Bana, o atual cenário da economia brasileira aponta para o surgimento de um consumidor mais consciente, que buscará fazer valer o seu dinheiro na busca por produtos com maior valor agregado – encontrados justamente em lojas mais setorizadas como as chocolaterias segundo a avaliação da especialista.

“Com certeza vai haver um crescimento de nicho. No mundo inteiro o consumidor cada vez mais deixa de comprar nas grandes magazines, onde ele desconfia do preço, para comprar no nicho”, avalia a consultora ao destacar crescimento médio de 26% no setor de consumo de nicho diante das recentes quedas de faturamento do varejo.

Case de sucesso no setor de franquias em chocolaterias, o Grupo CRM (detentor das marcas Kopenhagen e Brasil Cacau) espera lucrar R$ 303 milhões em vendas diretas considerando todo seu portfólio de produtos, sendo R$ 155 milhões só em produtos ligados ao feriado religioso.

O grupo contará ainda com 720 colaboradores temporários – 100 a mais que o no ano passado – para vender mais de quatro milhões de ovos produzidos desde outubro do ano passado, uma aposta pesada no aumento das vendas em plena crise econômica. Só na rede  Chocolates Brasil Cacau, voltada para a classe C, a expectativa é atingir R$66 milhões de faturamento com a produção de 2,4 milhões de ovos de páscoa, o que representa cerca de 30% do faturamento anual da rede.

“O consumidor não vai deixar de dar o ovo de páscoa de presente, mas vai buscar algo que faça valer o dinheiro dele. Talvez ele gaste os mesmos 60 reais que ele pagaria num ovo no varejo, mas comprando algo que apresente um valor maior para o dinheiro dele. Trata-se de um consumo mais consciente.”, explica a especialista em comportamento do consumidor.

Prova disso são os mesmo índices da pesquisa da SCPC, que apontam que 88% dos consumidores vão comprar chocolate à vista, sendo que 50% desse grupo pretende pagar suas compras em dinheiro.

“Para o setor de franquias isso é incrível. A gente percebe que o nicho no setor de franquias é o que mais cresce. Se o consumidor caminha para o nicho de mercado, no setor de franquias isso é um mar aberto”, avalia Bana que ressalta:

“O varejo precisa aceitar de uma vez por todas que o consumidor mudou, ele tem informação em mãos, cresceu e aprendeu a consumir”. 

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