A Portaria Monitorada surgiu coma missão de tornar condomínios mais seguros, controlando rigorosamente o fluxo de pessoas que chegam e saem.
Um serviço de utilidade incontestável nos dias de hoje, quando preocupações com segurança estão na lista de prioridades de todos os brasileiros.
Ainda assim, a franquia, não está livre de polêmicas, uma vez que substitui totalmente a necessidade de porteiros convencionais. Isso é bom para o bolso de quem paga a conta, pois a economia pode ser de até 50%. Mas, ao tirar esses profissionais da equação, surgem objeções.
Acompanhe nossa conversa com Wander Paiva, criador da franquia.
Mapa das Franquias: Como o fundador Wander Paiva percebeu que havia uma oportunidade nesse nicho de mercado? A ideia foi aceita de imediato pelos franqueados? Houve alguma resistência?
Wander Paiva: O projeto veio da área de segurança, onde fora criado serviços de monitoramento exclusivos com detecção de sensores associados com imagem e possibilidade de interação do operador com o ambiente monitorado.
O mercado estava recessivo no setor de segurança com prostituição do mercado e havia necessidade de novos caminhos para a sobrevivência financeira da empresa. A percepção se deu com uma avaliação de opções de serviços que poderiam ser prestados para condomínios que sempre eram prestados de modo local, o resultado desta avaliação foi a descoberta de prestar um novo serviço, aí então, a Portaria Virtual, teve seu início.
A ideia não foi aceita prontamente, nem por parceiros, nem o mercado e nem mesmo os outros sócios acreditavam, colocando-se a opinião de que o projeto não funcionaria, pois não havia aceitação e consequente resistência ao produto.
Mapa das Franquias: Qual o impacto da monitoração tecnológica em termos de custos para o condomínio? Vale a pena?
Wander Paiva: O sistema de Portaria Monitorada em condomínios, foi beneficiada pelo próprio mercado em que os custos para adquirir equipamentos de controle de acesso, câmeras, sistemas de gravação, melhoria do tráfego de dados através da internet tornou possível o crescimento de adoção da tecnologia que tem sido bem mais difundido nos condomínios, associado com a situação de crise econômica, onde condomínios acabaram adotando o projeto por necessidade econômica dos próprios condôminos.
Os condomínios que adotaram a solução, não pensam em retroceder ao antigo modo de operação, pois há muitas vantagens como queda no custo do condomínio, aumento da segurança, facilidade de acesso para moradores, possibilidade de relatórios, envio de recados por email, registros do condomínio passam a ser feitos por meios eletrônicos como reserva de churrasqueira, salão de festas, lista de convidados e comunicados do síndico para os condôminos.
Mapa das Franquias: Dá para ter segurança de verdade sem porteiros?
Wander Paiva: Sim, há uma melhora muito grande nesta questão pois não há a rendição do porteiro. Há também a profissionalização através do treinamento exaustivo que envolve situações como presença de prestadores de serviço, autoridades que muitas vezes são liberados pelo porteiro que se sente intimidados com apresentação de distintivos, mandatos de segurança que não podem ser atestados prontamente, ou até mesmo a permissão do convidado para falar na janela da guarita, não descartando que é comum o porteiro tirar a madrugada para dormir, usando a área de ante sala de visitantes e em alguns casos até mesmo autorizados pelos síndicos e moradores que ficam com “pena” do porteiro, coisa esta jamais aceita em caso de uma empresa contratada.
Mapa das Franquias: Houve alguma reação contrária por parte de profissionais, condomínios ou sindicatos?
Wander Paiva: Sim, há. Profissionais combatem o projeto sugerindo que impacta em desemprego para a categoria que é perfeitamente compreensível que se imagine isso, porém existem vários motivos pelos quais a Portaria a Distância que podemos alistar como falta de Porteiros, é muito comum ter dificuldade para contratar temporariamente estes profissionais, existe a impossibilidade do condomínio honrar o compromisso da folha de pagamento por incapacidade financeira e contrário a isso, a portaria monitorada dá opção intermediária entre não ter nada adotando a portaria totalmente automática, ou manter a portaria à distância que contrata operadores para atendimento, técnicos de instalação, manutenção, vendedores além de mexer com um mercado que estava acomodado, mantendo o formato desde a década de 70, onde começou a convivência de modo coletivo.
Mas sempre uma mudança como essa, causa movimentação nestes meios porque acaba que profissionais ligados a alguns sindicatos acabam migrando para outros, levando a perdas de algumas categorias em número e consequentemente derrubando as contribuições de alguns sindicatos. Quanto a condomínios, existem alguns que não se aplica este modelo de atendimento, principalmente aqueles que estão em condições financeiras favoráveis e não necessitam desta economia oferecida para o mercado.
Mapa das Franquias: Como vencer eventuais resistências?
Wander Paiva: Se trata de uma tendência, o que leva a mudanças de costumes, aquilo que a maioria segue. Como tendência, significa que a maioria seguirá por este caminho, assim como algumas profissões que simplesmente deixa de existir, entendemos que a profissão está em processo de extinção, até mesmo porque o mercado traça uma tendência de que as pessoas estão investindo em instrução acadêmica, o que leva a ter mais pessoas especializadas e consequentemente, não haverá disposição destes a prestar este tipo de serviços, talvez pensando em que haverá necessidade de importação de mão de obra. Isto certamente ocorrerá, pois as tendências apontam para este desfecho.
E o franqueado?
Mapa das Franquias: O que o franqueado precisa saber para ingressar na rede? Existe algum programa de treinamento específico?
Wander Paiva: Estudo de mercado, o quanto vai precisar investir, qual o preço justo que se deve cobrar pelo serviço de Portaria Monitorada, como se dá a comercialização, qual o território de atuação entre outros. Para se adequar e trabalhar no formato da rede, há um treinamento que se dá em 6 dias na sede da Portaria Monitorada em Campinas.
Mapa das Franquias: Qual o investimento para o franqueado e em quanto tempo se espera o retorno?
Wander Paiva: Existem dois modelos de negócios, A micro Franquia e a Franquia variando entre R$ 30.000,00 e R$ 240.000,00 o que define é o tamanho que ele deseja ser e o payback em torno de 20 Meses.
Mapa das Franquias: Como é o acompanhamento do franqueado no dia a dia? São usados meios digitais? Quais?
Wander Paiva: São feitos reuniões semanais e que se discute as ações que serão tomadas em cada estágio. Após o treinamento, é determinado em conjunto com o franqueado um plano de ação para a sua área territorial. O acompanhamento é feito por telefone, watzapp, skype como meio de comunicação e um sistema de ERP e CRM para o registro e acompanhamento, principalmente no estágio inicial da constituição da franquia, que assim como o nascimento de uma criança, acaba entrando no processo natural de evolução e à medida que ela evolui e são alimentados com dados do negócio, há a possibilidade de traçar as estratégias necessárias.
Mapa das Franquias: Em que cidades a Portaria Monitorada já atua e quais os planos de crescimento para o próximo ano?
Wander Paiva: Principalmente no estado de São Paulo. A cidade de São Paulo e as 39 cidades desta metrópole, a cidade de campinas e região metropolitana constituidos de 19 municípios. baixada santista com 9 cidades, região metropolitana de Belo Horizonte, Salvador, Teresina (Inicio de trabalhos), Vitória, Vila Velha no Espirito Santo,
Taubaté, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Jundiaí, Sorocaba, Baurú, Mogi das Cruzes etc, A marca tem investido na abertura destes mercados até que sejam designado franquias atuando como loja própria. A marca também tem investido para maior atuação no estado o Rio de Janeiro e todos os estados do Nordeste brasileiro em 2018 e posteriormente o centro oeste e sul do pais em 2019.