O Spoleto foi criado Eduardo Ourivio e Mário Chady a partir do conceito de um “restaurante italiano com alma brasileira e muita inovação no preparo dos pratos”. Rapidez, praticidade, simplicidade e sabor fazem parte desse conceito.
A primeira franquia foi aberta em 1999 e logo se espalhou nacional e internacionalmente, chegando aos EUA.
Hoje, o Spoleto faz parte das franquias do sistema Trigo, grupo que alcançou um impressionante faturamento de R$ 1.069 bilhão em 2016.
Excelente resultado, mas, ainda assim, contrariando a máxima que diz que “em time que está ganhando não se mexe”, o Spoleto passa por um processo de rebranding com alterações não só na marca, mas na operação nas lojas.
Como isso é sentido pelo franqueado? Como afeta o consumidor final? Haverá ainda espaço para crescer no Brasil?
Conversamos com a diretora-geral da Spoleto, Viviane Barros, para saber as respostas. Você confere o bate-papo a seguir.
Mapa das Franquias: Qual o tamanho atual da rede Spoleto e quanto ela pretende crescer em 2017-2018? Qual a estratégia para driblar a crise?
Viviane Barros: O Spoleto prevê faturar R$ 461,3 milhões em 2017. Mais do que projetar percentuais de crescimento, tem como objetivo manter-se firme e consolidada no instável cenário econômico pelo qual o país passa.
Mapa das Franquias: Qual a proposta do rebranding?
Viviane Barros: O rebranding já está a todo vapor e consiste na mudança da identidade visual dos restaurantes e na apresentação de uma culinária ainda mais italiana, com produtos frescos e de maior qualidade. Os gerentes de todos os restaurantes que fazem a conversão para o novo modelo recebem um treinamento para capacitá-los a atuar como chefe de cozinha trazendo um conhecimento mais profundo da culinária italiana e como consequência um cuidado maior no preparo e sabor dos alimentos oferecidos aos nossos clientes. O objetivo é se distanciar do padrão fast food que projetou nacionalmente a rede, oferecendo uma nova experiência ao consumidor.
Na pista fria, chegam ingredientes típicos italianos, frescos e feitos diariamente nos próprios restaurantes, diminuindo as opções industrializadas. Algumas receitas são exclusivas, como cogumelos frescos refogado com azeite trufado, frango marinado em vinho branco, sálvia e manjericão, tomate assado com ervas frescas, cebola caramelizada no vinho tinto etc. Outro ponto alto do novo conceito é a finalização dos pratos com itens adicionais como Presunto de Parma, Azeite de Trufas e Crema di Balsâmico. O “Spoleto contemporâneo” quer promover a democratização da boa culinária.
Por se tratar de um processo de transformação estima-se a conclusão nos próximos cinco anos – prazo para as 354 unidades serem totalmente repaginadas. O investimento é a partir de R$ 450 mil para novas unidades e em torno de R$ 150 mil para a conversão dos restaurantes já existentes.
Para facilitar na reforma dos restaurantes, o Spoleto oferece condições especiais de financiamento através de parcerias com alguns bancos para ajudar o franqueado na conversão das unidades.
Fast food ou fast casual?
Mapa das Franquias: Qual a diferença entre fast casual e fast food?
Viviane Barros: Fast casual é um gênero de restaurante que não oferece serviço de mesa, porém promete uma melhor qualidade de comida e uma atmosfera diferente em contraposição aos restaurantes fast food.
Mapa das Franquias: Qual o impacto do rebranding na operação de quem já é franqueado? E para quem deseja entrar agora? Haverá muita diferença?
Viviane Barros: Atualmente, 24 restaurantes da marca já se enquadram no padrão MCI e vêm apresentando um resultado acima do esperado. Quando comparadas com o resultado geral da rede, as novas unidades apresentam performance 10% superior em tíquetes/produtos e 13% em faturamento na avaliação “acumulado ao ano”. Otimista com o retorno, o Spoleto estima fechar o ano com 61 restaurantes no modelo Minha Cozinha Italiana, o equivalente a 20% da rede, sendo 40 convertidos (que migraram do atual formato para o do “futuro”) e 21 novos (que estrearam na franquia ao longo do ano).
Mapa das Franquias: Como é o suporte dado pela Spoleto aos seus franqueados? A rede se utiliza de algum meio digital para acompanhamento, como internet, Whatsapp ou outros?
Viviane Barros: Temos uma equipe de consultoria de campo espalhada por todo Brasil que dá assistência presencial a cada 2 meses para os franqueados. Durante essa visita são analisados a padronização dos produtos, segurança alimentar, eficiência do atendimento aos clientes e resultados financeiros do restaurante.
Além da consultoria de campo temos uma equipe de marketing dedicada em analisar a performance das vendas dos restaurantes e fazer ações específicas de acordo com a realidade de cada um, caso necessário.
Para agilizar a comunicação com as lideranças da marca temos grupos de whatsapp com franqueados de cada região do Brasil. Criamos também grupos de construção com franqueados engajados a nos ajudar a melhorar os serviços prestados pela franqueadora e a contribuir com o planejamento de marketing da rede a fim de ouvirmos os franqueados e sermos mais assertivos nas iniciativas.
Mapa das Franquias: O que consumidor final pode esperar dessas mudanças? Qual o impacto previsto sobre as vendas?
Viviane Barros: A qualidade final dos pratos está muito superior. Os molhos estão mais saborosos e encorpados e os ingredientes novos trazem um sabor especial para a refeição.
É uma refeição com preço acessível e com a qualidade de um verdadeiro restaurante italiano.
Nos restaurantes convertidos estamos tendo um aumento de 10% no número de transações, quando comparamos com a performance dos outros restaurantes da rede, o que mostra que estamos ganhando novos clientes e aumentando a frequência dos clientes atuais.