Muito embora pareça ser uma etapa única e específica dentro do processo de elaboração de regras para a multiplicação do negócio, a formatação da rede é um processo em constante metamorfose. Mesmo estando com tudo desenhado e estabelecido, é nítida a influencia e o aprendizado que a rede recebe à medida que franqueados aderem ao sistema.
Essa constatação é importante para entender que, por mais que haja uma padronização para o negócio em relação a manuais, procedimentos e operação – que são ferramentas extremamente importantes no franchising – só se transfere know-how em via de mão dupla. Já dizia Esopo: “Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar”. Desse modo, o franqueador deve estar sempre apto a receber feedbacks e analisar potenciais experiências distintas, que podem vir a ser implementadas em benefício da própria corporação como um toco. É uma troca constante.
A partir do estabelecimento desse canal, que a formatação entra em mutação e, somente na prática que se confirma o funcionamento de uma regra, se ela comporta exceções, e se as exceções precisam, consequentemente, se transformar em novas regras. É nesse sentido que, muitas vezes, só quem está à frente da operação é que tem sensibilidade e pode ajudar a entender o melhor caminho. Por sua vez, o franqueador deve se certificar de que a sugestão será passível de ser aplicada em outras regiões e realidades, e, caso sim, disseminar esse novo conhecimento para todos que compõem a empresa.
O ponto central é observar que todo processo de transformação busca uma evolução e, assim, deve ser no que tange a formatação da rede: é preciso construir um ambiente colaborativo para a troca de experiências, aprendendo uns com os outros, e fazendo com que o negócio, como um todo, amadureça de maneira sustentada e segura, em vista que, de nada adianta percepções e opiniões isoladas em lugar de uma análise sistêmica, com argumentos e averiguações fáticas, seguidas de teste, implementação e execução.
Fato é que há algumas etapas consideradas padrão nesse processo, outras, porém, devem ser continuamente atualizadas. O importante é ter em mente que a essência do negócio (missão, visão e valores) sempre deve ser respeitada por todos, e qualquer alteração e atualização, devem respeitar as premissas do negócio, sob pena da marca perder seu DNA, o que, evidentemente, causará efeitos em diversos aspectos. No mais, é possível considerar que o franchising é um organismo vivo, que sofre com fatores internos (estratégia de negócio, investimentos, projetos a serem priorizados etc.) e externos (economia, geografia, avanços tecnológicos, alterações de padrões sociais e de comportamento do consumidor), por vontade própria e/ou alheios a ele.
Em outra vertente, estão as atualizações e transformações que o negócio sofre ao longo de sua história, face às respostas dos consumidores, influência na qual o franqueado, lá na ponta, precisa perceber e transmitir à franqueadora. E, nesse aspecto, o fluxo de informação precisa ser rápido, constante e, essencialmente, ambulante, uma vez que o desejo de hoje do cliente pode não ser mais o mesmo amanhã. É bem melhor se habilitar para acompanhar esse trajeto, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo e, no fim, não formatar nada.
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