Ex-presidente do Banco Central e Secretária do Tesouro discutem a mudança do Estado e crescimento

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o UM BRASIL, em conjunto com o Columbia Global Centers | Rio de Janeiro, braço da Universidade de Columbia, a Escola Brasileira de Administração Pública ede Empresas (EBAPE), a Escola Brasileira de Economia e Finanças (EPGE) e o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), os três últimos da Fundação Getulio Vargas (FGV) e a Revista Voto, realizam nos dias 7 e 8 de dezembro o II Fórum –  A mudança do papel do Estado: estratégias para o crescimento. O objetivo é estimular o debate sobre a mudança do papel do Estado e as medidas necessárias para o restabelecimento do crescimento econômico no país.

A segunda edição brasileira da conferência é resultado de uma bem-sucedida primeira rodada que aconteceu em 2016, quando acadêmicos proeminentes, líderes empresariais e sociedade civil se reuniram para discutir as estratégias de crescimento econômico, que foram debatidas no contexto das reformas fiscal e estrutural, questões monetárias e bancárias e legitimidade institucional e transparência. Desta vez, os participantes discutirão qual deveria ser o papel do Estado, em face das mudanças políticas e econômicas vividas no Brasil e globalmente.

O evento será dividido em quatro temas centrais que abordarão a produtividade, competitividade e o papel do Estado; a corrupção e transparência no Brasil e na perspectiva global; o Brasil diante das novas tecnologias e economia digital; e os desafios fiscais e monetários.

O painel os “Desafios fiscais e monetários no Brasil” abordará questões importantes do papel do Estado, incluindo orçamento, tributação, instituições de política fiscal, empresas estatais e privatização, regulamentação, produtividade e obtenção de credito fiscal. A ideia é que a discussão contribua para o debate brasileiro em curso, levando em consideração discussões semelhantes que ocorrem em outras partes do mundo. Além disso, serão abordadas questões críticas envolvendo bancos centrais e o setor financeiro em todo o mundo e no Brasil. O painel também examinará o papel histórico do Estado no Brasil e as formas como esse legado pode ser responsável pela atual crise econômica e política.

“Produtividade, competitividade e o papel do Estado”, buscará lançar luz aos questionamentos vindos da grande parte da industrialização brasileira, que foi alcançada através de políticas governamentais conscientes que buscavam estimular a indústria local, enquanto usavam a política comercial como um instrumento adicional. De acordo com os organizadores, o Estado experimentou recentemente outros instrumentos, incluindo o financiamento nacional e os subsídios fiscais, para incentivar a indústria e, ao mesmo tempo, desenvolver uma modesta abertura da economia ao comércio internacional. Como o crescimento econômico permaneceu bastante anêmico, um debate vem se desenvolvendo sobre o papel, se algum, que o estado deve desempenhar na promoção da indústria e na expansão das conexões do Brasil com a economia global.

Na sequência, no painel “Brasil diante das novas tecnologias e economia digital”, os debatedores mostrarão que a transformação digital é um fenômeno imparável que afeta a forma como as pessoas interagem e fazem negócios. À medida que as máquinas autônomas se tornam cada vez mais parte de nossas atividades diárias, os mercados precisam se adaptar para fornecer empregos, educação, alimentação e segurança.

Já o quarto e último painel tratará sobre a “Corrupção e transparência no Brasil e na perspectiva global”, que surgiu sobre questões relacionadas às perdas de credibilidade do governo causada por corrupção generalizada e de confiança nas instituições governamentais e em muitos políticos brasileiros. Nesse sentido, o Brasil pode ser visto como parte de um movimento global que buscou rejeitar o status quo político e fortalecer candidatos e pontos de vista que rompem com o tradicional. Os debatedores tentarão responder quais são as oportunidades de mudança no nosso sistema político e judicial; como essas oportunidades podem levar a relações renovadas entre os setores público e privado e a sociedade civil, levando em consideração o objetivo de acelerar o crescimento econômico.

No Rio de Janeiro, o seminário será realizado no dia 7 de dezembro, às 9h no auditório da FGV Rio, na Praia de Botafogo, 190, em Botafogo. O destaque será a apresentação do ex-presidente do Banco Central, Armírio Fraga.

Em São Paulo, o evento terá início às 8h30 do dia 8 de dezembro e será realizado na sede da FecomercioSP, localizada à Rua Dr. Plínio Barreto, 285, na Bela Vista. A abertura contará com as presenças do diretor do Columbia Global Centers | Rio de Janeiro, Thomas Trebat e do diretor do Center for Global Economic Governance da Universidade de Columbia e Ex-Ministro de Finanças da República Tcheca, Jan Svejnar.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelos sites https://goo.gl/R55BJj (São Paulo) e https://goo.gl/8sRBFb (Rio de Janeiro).

Imagem: Freepik