Aos 36 anos de idade, Rauel Araruna já trabalhou quase 25 anos de sua vida. Isso porque desde muito novo, aos 11 anos, ele queria ganhar seu próprio dinheiro. Para isso, começou a entregar jornais em um condomínio, onde conseguia ganhar R$ 60,00 por mês. Hoje, ele é CEO da IP School – Inglês Particular, que deve faturar R$ 3 milhões até o final de 2022.
Araruna orgulha-se quando relembra sua trajetória: morando no Parque Cecap, em Guarulhos, ele começou a entregar os jornais em seis blocos de um condomínio. As entregas aconteciam às terças, quintas e sábados, o que rendia R$ 15 por semana. Para isso, ele subia um total de 90 andares a cada dia de trabalho, em escadas abertas, o que era ainda mais difícil nos dias chuvosos.
“Eu vim de uma família em que nunca me faltou nada, mas também não era uma vida de luxo. Então, aproveitei a oportunidade que tinha para ganhar dinheiro. E, por mais que fossem R$ 60, era muito dinheiro para um menino de 11 anos, ainda mais naquela época. Já dava para comprar algumas coisas para mim e eu fiquei nessa rotina durante um ano e meio”, conta.
Dos 14 aos 15 anos de idade, Araruna trabalhou como entregador de uma padaria e, aos 16, fazia campanha para um vereador no mesmo bairro de Guarulhos. Pouco depois, aos 17 anos, entrou para a faculdade de Química e começou a estagiar. Já formado, fez mais uma graduação, desta vez de Farmácia & Bioquímica.
No primeiro emprego com carteira assinada, atuou como Analista de Controle de Qualidade, na Vigor, onde ficou de 2006 até 2008. Quando saiu, começou a trabalhar na Schering-Plough Research Institute, como Analista de Controle de Qualidade. Por lá, ficou até 2010, quando foi atuar na Pfizer como Analista de Validação Analítica.
Rauel também teve passagens pelo mundo pedagógico, dando aulas de laboratório na Universidade São Francisco para o Ensino fundamental e Médio, e aula de Química em escolas públicas estaduais. Mas a vontade de empreender sempre esteve presente nele, que chegou a comprar um caminhão para que um cunhado trabalhasse com ele. Porém o investimento acabou não funcionando.
Em paralelo a isso, em 2014, já começou a se articular para criar a IP School. Em 2015, de fato, a escola foi fundada, e começou a franquear em meados de 2019. “Nós começamos a escola sem site, sem know-how e só com banner que pedíamos para os amigos adesivarem os carros. Mas nesses anos vimos a escola crescer e ganhar essa proporção, porque temos uma metodologia diferente e um propósito muito grande”, afirma Araruna.
Por conta das franquias, a IP School tem hoje 15 unidades, sendo 14 no estado de São Paulo e uma na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O diferencial da rede é a metodologia. Ela é exclusiva e baseada na Programação Neurolinguística (PNL), com método fonético, suporte gradual, mapeamento dos objetivos do aluno, de sua proficiência atual e de seu perfil para o desenvolvimento de um plano de aprendizado. A IP School – Inglês Particular não trabalha com livros e oferece uma plataforma de desenvolvimento aos alunos.