Especializada em gerenciamento de lixo eletrônico, Sucata Digital vira franquia

Fundada pelo empresário Nícolas Fonseca Martins, a Sucata Digital acaba de entrar para o mercado de franquias e tem como meta abrir duas unidades franqueadas nos próximos cinco meses. A empresa direciona a expansão para a região metropolitana de São Paulo, além do litoral e interior do estado.

Especializada em coletar e gerenciar todo tipo de lixo eletrônico, a Sucata Digital já processou mais de 800 toneladas de resíduos, como celulares velhos, computadores, componentes eletrônicos e aparelhos de televisão. O material recolhido é direcionado para empresas recicladoras parceiras.

“Você tem um ganho ambiental importante quando você direciona esse lixo para o destino certo”, destaca Nícolas.

Um dos projetos da empresa é a instalação da “Caixa Verde” para coletar o lixo eletrônico em pontos estratégicos da grande São Paulo. Dependendo da quantidade de material, a Sucata Digital compra esse lixo, processa o material e faz a destinação.

Atualmente, apenas 15% do volume de lixo gerenciado vêm de pessoas físicas. “Os empresários, cada vez mais, têm colocado em prática políticas de responsabilidade social. Dar destino correto ao lixo eletrônico é também uma forma de evitar o acúmulo dentro das empresas”, comenta.

Segundo a Organização das Nações Unidades (ONU), em 2016 foram gerados 44,7 milhões de toneladas métricas de resíduos eletrônicos no mundo. A previsão, segundo o relatório “Global E-Waste Monitor 2017”, desenvolvido pela Universidade da ONU e pela Associação Internacional de Resíduos Sólidos, é que esse volume cresça 17% e chegue a 52,2 milhões de toneladas métricas até 2021.

O mesmo levantamento indica que apenas 20% do total de lixo eletrônico produzido foram reciclados. “Há uma demanda mundial pela reciclagem desse material e há um mercado para ser explorado, transformando esse lixo em benefício social e financeiro”, finaliza Nícolas.

Para franquear o negócio, a Sucata Digital implantou um software de controle de estoque, no qual todos os franqueados lançarão o material coletado. A ideia é não gerar concorrência entre as franquias e conseguir negociações mais atraentes para o lote de lixo eletrônico gerenciado.

Para operar, cada franquia precisa de um galpão com tamanho a partir de 250 metros quadrados e um veículo para coleta. O investimento total, incluindo a taxa de franquia de R$ 35 mil, é de R$ 132,5 mil.