Doze anos concursado em uma empresa multinacional do governo brasileiro com plano de carreira praticamente dado como certo. O tipo de emprego que é cobiçado por muitos, mas que foi dispensado para suprir a vontade de empreender! O caso é do Renato de Abreu, 35 anos, morador do Rio de Janeiro (RJ).
O jovem que trabalhou em regime offshore durante 10 anos, apesar de ter tido um emprego consolidado, uma situação o desagradava imensamente: a forma como a empresa tratava e cuidava do seu quadro profissional. Ele que já tinha o desejo de se tornar um empreendedor, ficou ainda mais aguçado quando começou a perceber essa situação desagradável.
“Como sempre gostei de viagens, conhecer lugares e pessoas novas, comecei a cogitar a possibilidade de trabalhar com turismo. A princípio, enquanto estava empregado, eu e minha esposa gostávamos de hospedar viajantes do mundo todo em casa, de graça mesmo. E como recebíamos bem os hóspedes – que nos elogiavam bastante -, pensávamos em abrir uma pousada. Uma agência sempre foi um sonho, mas que não me faria largar o emprego. Quis o destino que uma oportunidade aparecesse no ramo de construção, foi onde tomei coragem para pedir demissão e abrir minha própria empresa. Porém com a instabilidade na economia e a paralisação do país, um dos poucos negócios que se mantinha aquecido era o turismo, foi quando resolvi que era hora de finalmente investir em uma agência e abri uma franquia da Encontre Sua Viagem”, fala.
A Encontre Sua Viagem é uma rede de franquias que está no mercado desde 2011. A marca propõe aos seus investidores dois modelos de negócios: loja e home office. A primeira exige o investimento de R$45 mil e faturamento médio de R$200 mil, já a segunda, a partir de R$5 mil (variação de acordo com a modalidade office) com faturamento estimado em R$50 mil. No caso, Renato optou pelo home office.
Há três meses na operação, Renato conta que o maior desafio é a internet. Mais especificamente, a concorrência existente nela. “Por isso procuramos oferecer as melhores ofertas e condições de pagamento, isso fisga o consumidor”, disse.
O empresário relata que sua carteira de clientes aos poucos está sendo construída. Amigos e moradores do Rio já fazem parte dela. O trabalho agora é de conquistar pessoas que estejam fora do seu círculo. Uma ação que pode gerar resultados a médio e longo prazo, por isso ele já traça algumas estratégias para o desenvolvimento do negócio.
“Pretendo me capacitar em breve no turismo receptivo. Além disso, estudo montar uma equipe para conduzir os trabalhos. Tenho boas ideias, e me esforçarei para coloca-las em prática. E o que pretendo fazer é isso, estudar os pontos a serem melhorados e focar nesse desenvolvimento”, falou.
O turismo receptivo oferece um serviço destinado a atender as expectativas das pessoas que adquiriram o produto turístico ou que viajam a negócios e precisam de apoio em seus deslocamentos.
Em um universo novo, no qual requer muito conhecimento, o empresário revela que não trocaria o empreendedorismo por nenhum emprego com carteira assinada – principalmente seu último. Confiante, ele finaliza: “Estamos estruturados para eu trabalhar como empresário! Ao decidir sair de uma grande empresa planejamos bem como seria isso, mesmo sabendo que enfrentaríamos um período mais apertado. Ainda acredito que logo o negócio estará gerando bons lucros”.