A ponte para a independência financeira de Cristiano Rocha de Almeida veio com o empreendedorismo. Há mais de 20 anos, em 1998, ele decidiu que esse seria o seu caminho e abriu sua primeira escola de idiomas naquela época. Alguns anos depois, em 2011, transformou a sua escola em uma franquia da Rockfeller Language Center, rede de ensino de idiomas fundada em 2004 e com 43 unidades atualmente. “Entrar no setor de franquias é percorrer um asfalto já percorrido por outras pessoas, é um caminho já trilhado, você não precisa criar seu caminho do zero”, diz.
Depois que entrou no mundo do empreendedorismo, Cristiano colocou uma meta para si mesmo: tornar-se multifranqueado até os 40 anos. Objetivo que ele alcançou ao abrir a sua segunda unidade da Rockfeller na mesma cidade da primeira, Joinville, no norte de Santa Catarina. Hoje com 42 anos de idade e dono de três escolas da rede – a terceira fica em Itajaí -, mais uma meta está no radar do empreendedor: “quero abrir mais duas franquias até os 45 anos”.
Quando Cristiano diz que ao optar pelo sistema de franquias escolheu um caminho mais rápido e seguro para sua independência financeira, há uma boa dose de razão na sua frase. Ainda que com ritmo de crescimento mais lento nos últimos anos, o setor de franchising cresce continuamente, mesmo em um país em crise. Dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostram que o segmento cresceu 6,1% no terceiro trimestre de 2019, alcançando um faturamento de R﹩ 47,2 bilhões. Assim como a receita, o saldo entre lojas abertas e fechadas no período também ficou positivo em 2,9%.
Conseguir algum sucesso no setor, no entanto, requer disciplina e trabalho.
“Se eu voltasse no tempo, faria tudo de novo. Vale a pena ser dono do próprio negócio. Enfrentamos muitas dificuldades, mas vale a pena para quem está disposto a trabalhar. Nada é fácil no empreendedorismo. Qualquer ideia que venha com ganhos rápidos e fáceis é ilusão. Tudo requer suor e lágrimas. É preciso estar disposto a fazer o trabalho quando os outros estão dormindo, aquele trabalho que não tem holofotes”, alerta Cristiano, que com suas três franquias emprega hoje cerca de 40 pessoas e atende a mais de mil alunos.