Donas de casa, mães, esposas, amigas, profissionais competentes são alguns dos importantes papeis desempenhados pelas mulheres todos os dias. Aliás, esta é a realidade de grande parte das brasileiras que conseguem conciliar as tarefas do dia a dia com o papel de empresárias, empreendedoras e profissionais dedicadas ao desenvolvimento de sua carreira.
De acordo com um levantamento realizado pela Serasa Experian, o Brasil conta com mais de 5 milhões de mulheres empreendedoras, número que representa cerca de 8% da população feminina no país. Com idade média de 44 anos, as empresárias têm sua maior concentração nas regiões Sudeste (55,06%) e Sul (19%).
Prova de que as brasileiras estão conquistando cada vez mais espaço nos negócios, é o case da empresária Cibele de Freitas, diretora da Sigbol Fashion. Há quase 20 anos a frente da diretoria da rede de franquia especializada em cursos profissionalizantes de confecção e moda, ao lado do seu irmão, a executiva viveu um grande desafio para coordenar e desenvolver a área de ensino da empresa. “Temos profissionais com mais de 20 anos de casa. Eu não faria nada sem a colaboração desta equipe integrada e dedicada”, ressalta. Atualmente, a empreendedora lidera uma equipe de 50 pessoas e considera extremamente importante conseguir que os colaboradores trabalhem alinhados com o mesmo objetivo da empresa.
Assim como Cibele, outras mulheres têm colaborado cada vez mais para que a participação feminina em cargos de gestão e o índice daquelas que querem ter a própria empresa cresçam a cada ano. De acordo com o Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), nos últimos 10 anos o número de mulheres que comandam pequenos negócios no Brasil aumentou 21,4%.
Dentro deste cenário, uma história que também merece destaque é da franqueada Lucila Mara da Silva, que ao ser diagnosticada com câncer de mama, aos 60 anos, decidiu dar a volta por cima, viver um novo desafio e abrir seu próprio negócio. Ao fazer uma pesquisa de mercado para empreender, ela que sempre trabalhou como professora de costura descobriu que a Sigbol Fashion era também uma rede de franquia e, como sempre gostou do segmento, decidiu tornar-se franqueada. “Sempre tive vontade de ter um negócio próprio e era uma área que eu já conhecia. Comecei a pensar em tudo ainda durante o tratamento. Isso me ajudou a esquecer da doença. E, hoje, aos 65 anos, estou satisfeita com o meu negócio”, conta a empresária.
Atualmente, Lucila segue batalhando para manter sua saúde e pelo sucesso da franquia que comanda. Sua unidade na grande São Paulo, que conta com 100 alunos e professores qualificados, continua prosperando apesar do atual cenário de incerteza econômica no país. “Eu não acredito em crise, por isso, cada vez mais me dedico para que o meu negócio continue sempre crescendo. Nós, principalmente as mulheres que querem ter a própria empresa, não podemos desistir ou desanimar. Tem mercado para todo mundo, basta apenas ter coragem e ir em busca do que se deseja. Digo isso com base em tudo o que eu já passei e fiz na minha vida”, conclui.
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