Desafiando a crise, franquia de turismo cresce apesar da pandemia

É o que mostra balanço do franchising brasileiro divulgado nesta quarta-feira (03) pela Associação Brasileira de Franchising

Apesar dos impactos sentidos no setor de turismo e hotelaria em 2020, algumas empresas obtiveram um crescimento significativo, é o que revela o balanço divulgado nesta quarta-feira (03) pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). Junto com os números de faturamento, a instituição divulgou também o ranking das 50 maiores franquias do Brasil.

O ranking leva em consideração apenas os números de unidades, porém, o estudo detalhado mostra alguns dos desafios que muitas redes de franquias precisaram vencer neste período, sendo o setor de turismo e hotelaria um dos mais afetados, com queda de 49,8% em faturamento e uma queda de 9,1% no número de unidades, comparado aos números de 2019.

Apesar das adversidades, entre as marcas listadas neste segmento, apenas duas empresas do setor aparecem no ranking, a CVC e a Clube Turismo, com balanço positivo no número de unidades, crescendo 1% e 4%, respectivamente.

Para Ana Virgínia Falcão, CEO e co-fundadora da Clube Turismo, este número reflete a solidez da franquia e resiliência dos seus franqueados – “Temos um grupo de empresários dinâmicos, agimos rápido para compreender o momento e tomar atitudes decisivas que nos ajudaram na obtenção de resultados, preservando nossas unidades em operação”, comenta.

Para Falcão, embora o setor de turismo e hotelaria tenha sido um dos mais atingidos, também será um dos setores com recuperação mais rápida – “Existe uma demanda reprimida por viagens que deverá ser retomada assim que a vacinação em massa ocorrer e as medidas de isolamento reduzirem. Viajar é uma necessidade, seja a trabalho, estudo ou lazer, estamos certos de que o setor terá uma rápida recuperação”.

Para a Executiva, existe uma oportunidade no setor para quem deseja se tornar agente de viagens – “Para agentes de viagem, é um bom momento para empreender. Muitas pessoas voltaram a recorrer aos agentes pela segurança e conforto que o agenciamento possibilita, algo inexistente da compra direta”, completa.

A franquia foi listada com 546 unidades, 23 unidades a mais do que em 2019 e oferece três modalidades, Home Office e Home Office Prime, ambas com atuação domiciliar, e a modalidade Loja, que é o modelo com ponto físico de atendimento. O investimento em taxa de adesão para a modalidade Home Office é de R$ 5.900,00, na modalidade Home Office Prime é de R$ 17 mil e para abrir uma unidade Loja o investimento total aproximado é de R$ 69 mil, somados os valores de taxa de adesão, capital de giro, montagem e padronização da unidade.