Na noite de 3 de maio, no WTC Hall, na capital paulista, a Associação Brasileira de Franchising (ABF) concedeu a Altino Cristofoletti Junior, CEO e um dos fundadores da Casa do Construtor, o Prêmio ABF de Personalidade do Ano. A láurea é destinada a profissionais que se destacaram em sua trajetória e deixaram um legado para o setor, contribuindo para o seu desenvolvimento sustentável.
Com MBA em Franchising pela Fundação Instituto de Administração (FIA) e integrando, atualmente, o Conselho da ABF, Altino tem seu nome no Hall da Fama da Entidade desde 2012, ano em que foi premiado como o franqueador do ano. Anteriormente, ele já havia ocupado a presidência da Entidade, no biênio 2016-2018, a vice-presidência em duas gestões anteriores; além das diretorias das Comissões de Expansão de Negócios e de Ética, entre outros cargos. “Receber este reconhecimento é uma grande emoção e honra, já que a ABF é uma das entidades mais importantes do franchising no mundo. Devo tudo o que sou às franquias. É por isso que me dedicarei ainda mais para ajudar a diretoria e os meus colegas franqueadores a tornar o setor ainda mais ético e íntegro”, comemora.
De garoto sonhador e humilde às 700 operações de um negócio pioneiro e familiar – Até chegar ao patamar de personalidade reconhecida, Altino trilhou um longo caminho que começou a ser pavimentado há mais de 45 anos, na cidade de Rio Claro, interior de São Paulo. Oriundos de família humilde, ele e seu amigo de juventude, Expedito Eloel Arena, acalentavam o sonho de atuar como engenheiros civis. Cinco anos mais velho, Expedito trabalhou como técnico em edificações para pagar a faculdade, enquanto Altino fazia o curso técnico. Já formados e vivenciando um cenário de recessão econômica, enxergaram uma lacuna no mercado. “Muitos vendiam materiais de construção, mas não havia uma única empresa que fazia a locação de equipamentos para este setor”.
Estava fundada a Casa do Construtor. O ano era 1993 e, desde o início, ambos buscavam alternativas que viabilizassem o crescimento sustentável da empresa. Atuando, paralelamente como franqueado dos Correios, Altino entendeu que o franchising seria a melhor saída e buscou se especializar no assunto. “Comecei a fazer cursos e a estudar muito sobre o funcionamento do setor. A partir daí, Expedito e eu passamos a nos reunir todos os dias e escrevemos todos os documentos que comporiam nossa franquia”, conta. Mas, engana-se quem pensa que os negócios ficaram restritos aos dois. As famílias de ambos também estão envolvidas nos negócios. Acompanhado de sua esposa, Tereza Cristina, Altino também é franqueado em algumas operações da Casa do construtor e seus filhos também já atuam na Rede.
Ritmo de expansão acelerado e mudança de rota – O resultado do esforço dos dois sócios pode ser medido em números. Em seu ranking anual das 50 maiores redes de franquias em número de unidades, a Casa do Construtor, em 2022, contava com 528 operações, ocupando a 35ª posição. Já em 2023, com a abertura de mais 140 unidades, totalizando 659 – incremento de 19,9% – a Rede passou a ocupar o 27º lugar, sendo uma das poucas do segmento de Casa e Construção listada entre as 30 maiores.
E, desde 2021, a Rede vem em um ritmo de expansão acelerado, inaugurando uma média de 120 operações ao ano. Além disso, estabeleceu-se a meta de chegar às mil unidades até o fim de 2025, com faturamento de R$ 1 bilhão. Esta onda de aberturas foi um dos principais fatores por alavancar os resultados financeiros. Em 2023, por exemplo, ano em que completou três décadas de fundação, a Casa do Construtor registrou dois importantes recordes: faturamento de R$ 834 milhões, 20% mais do que 2022; e número de unidades abertas: 140, totalizando a marca de 665 – incremento de 25% –, com a maior parte das inaugurações concentradas nas regiões sul e sudeste.
Especialmente em relação às aberturas, a Empresa passou a direcionar a maior parte de seus esforços para localidades de menor porte, com até 40 mil habitantes. E esses planos se baseiam nos números. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 5.570 municípios do País, 1.053 têm população entre 20 e 50 mil habitantes. “Se compararmos nosso número atual de operações com os dados oficiais, vemos que ainda temos muito território a conquistar”, diz. Entre as localidades-alvo estão as regiões Norte e Nordeste, de forma geral, além do estado do Rio Grande do Sul e interior de Minas Gerais. Prova de que a rota está correta é que, em fins de abril, inaugurou a loja de número 700, localizada em Capanema, no Pará.
Ele ainda completa. “Para chegarmos a estas cidades, desenhamos o + Rental, que conta com um mix de produtos um pouco mais enxuto que uma operação convencional o que reduz consideravelmente o valor alocado. Este formato é destinado a funcionar exclusivamente em pequenos depósitos e lojas de material de construção. A ideia é aproveitar a sinergia entre os produtos, oferecendo um atendimento 360 porque, quem vai comprar areia e brita, provavelmente vai necessitar de uma betoneira”, explica.