O isolamento social alterou a rotina de muitas pessoas, o chamado “novo normal” está ligado diretamente à tecnologia. Home office, estudo à distância, plataformas on-line e vídeo conferências têm invadido as nossas rotinas. Trazendo o celular, computadores e tablets ainda mais para nossas vidas.
Segundo o GetNinjas, uma plataforma que conecta prestadores de serviços aos usuários, houve um aumento de 40% nas solicitações de assistência técnica para produtos eletrônicos como notebooks (35, 45%), celulares (16,23%) e computador desktop (7,81%) entre os períodos de 3 a 9 de maio de 2020.
De acordo o CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos), só em maio de 2020 o curso de Manutenção de Computadores e Celulares teve alta de 15% comparado ao mês anterior, além do perfil de procura ter mudado para alunos de 30 a 35 anos. Mostrando pessoas que estão buscando uma recolocação no mercado de trabalho.
“Já são mais de 1 Milhão de pessoas desempregadas desde o começo da quarentena no país. Muitos ofícios como eletricistas, encanadores, e outros não podem ser exercidos. Além de outras profissões e pessoas que trabalhavam de forma autônoma. Logo, o curso de Manutenção de Celulares e Computadores abre a oportunidade de uma nova fonte de renda para as pessoas e é por isso que entendemos essa alta na procura pelo curso no mês de Maio. Além claro, das pessoas que estão demandando mais por este serviço de manutenção” explica Luciana Fontes, Superintendente do CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos).
Dona Maria de 78 anos investiu em um celular seminovo para realizar o seu curso
Como a Dona Maria Amélia de Carvalho de 78 anos, que iniciou um curso de Inglês no CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos) e devido ao isolamento decidiu comprar um celular smartphone seminovo para acompanhar as aulas. “O meu telefone antigo não tinha os recursos necessários, precisava atualizar para dar continuidade no meu aprendizado, e eu tive todo o apoio dos professores para me auxiliar nesse novo desafio digital”, explica a estudante com mais de 70 anos!
Uma última pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo, mostrou que até o fim de 2019 havia cerca de 230 Milhões de aparelhos celulares novos ativos. A pesquisa ainda trouxe um dado de 2018: Mais de 700 mil aparelhos usados foram comercializados.
“Todas as pessoas estão buscando consertar os aparelhos eletrônicos que já possuem para evitar novos gastos. O importante é apostar nesta nova área, que segue em crescimento, e assim ajudar muitas pessoas como a Dona Maria”, finaliza Virlaine Gardiano, Gestora Pedagógica da Unidade de Ribeirão Preto, em que Dona Maria estuda.