Vivemos tempos de crise. Não é novidade para ninguém. Analistas econômicos são praticamente unanimes em afirmar que a economia brasileira deve continuar em recessão em 2016, com inflação e câmbio em alta. Mas, mesmo assim, muitas franquias querem seguir em sua vocação expansionista.
Uma saída para continuar crescendo é se instalar dentro de empresas não concorrentes, onde haja um público de perfil semelhante de modo, que ambos os empreendimentos se beneficiam. Um bom exemplo é o de redes de escolas de idiomas estrategicamente localizadas dentro de colégios.
Foi o que fez a Pearson Brasil, proprietária das redes de escolas de idiomas Yázigi, Skill e Wizard, que faz acordos com donos de escolas e para utilizar o espaço para aulas de inglês em horários em que estaria desocupado. O formato foi batizado de Education Center e parte da receita é repassada ao mantenedor do colégio.
De 160 novas franquias, a rede abriu 60 centros como esse no país em 2015. É uma maneira inteligente de ir até onde o aluno está, oferecendo o diferencial da conveniência.
Sinergia
“Conveniência” é de fato a palavra chave desse tipo de operação, principalmente quando a franquia se instala dentro de um supermercado, onde o consumidor pode parar para comer e tomar um café, por exemplo.
Segundo dados da ABF, o custo de instalação desse tipo de loja sai de 15% a 20% mais barato em relação ao comércio de rua e 30% menor quando comparado ao shopping. E a movimentação de consumidores no local é benéfica para ambos, loja de franquia e supermercado, pois não há canibalização de público, mas sinergia.
Dentre os negócios que “harmonizam” bem com supermercados estão, além das de alimentação, lavanderias, lojas de acessórios pessoais, de consertos de roupas e de chocolates.
“Seja você mesmo”
Parece tudo muito promissor. E é. Mas um fator que merece atenção redobrada e que é preocupação constante de qualquer franquia é manutenção do padrão da marca. É imprescindível que esse “casamento” ou “simbiose” funcione sem descaracterizar nenhuma das empresas. Franquia é padronização, por isso, franqueadoras que optem por embarcar nessa alternativa para driblar a crise devem estar atentas para se manterem fiéis ao seu DNA.
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