O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de Belo Horizonte apresentou a terceira alta consecutiva em novembro e alcançou os 102,9 pontos, se mantendo no nível considerado de otimismo. Em outubro, o indicador, divulgado pela Fecomércio MG, com base nos dados coletados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), estava em 100,3.
Todos os três componentes do Icec contribuíram para o resultado. O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (Iiec) foi o que mais subiu, passando de 88 para 91,5 pontos, entre outubro e novembro. Nesse sentido, o levantamento mostra, por exemplo, que 57,2% das lojas pretendem ampliar o quadro de funcionários.
Segundo o economista da Federação, Guilherme Almeida, esse desempenho reflete o panorama positivo para o varejo, gerado pelas festas de fim de ano e a injeção de recursos do 13º salário no mercado. “Há projeções de investimentos nas lojas, tanto para a contratação de empregados quanto para a renovação dos estoques, principalmente em função da evolução das vendas do varejo em relação aos dois últimos anos”, destaca.
Além disso, ele observa que existe uma recuperação generalizada nos indicadores ligados ao consumo, como a inflação abaixo da meta, o recuo na taxa básica de juros e a retomada do emprego formal. “Isso melhora a percepção do empresário sobre o momento atual da sua empresa e do seu setor, assim como as perspectivas para os próximos meses”, completa Almeida.
Essa situação foi percebida pelo estudo da Fecomércio MG. O Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec) aumentou de 78,1 para 79,2 pontos, na análise mensal. Na comparação com novembro do ano passado, quando o indicador estava em 51 pontos, o incremento é de 55%. Já o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec), único na faixa do otimismo, saiu de 134,7 para 137,9.